Mercados

Dólar cai e ronda patamar de R$3,15 com exterior e Ptax

Às 10:52, a moeda americana recuava 0,43 por cento, a 3,1690 reais na venda, depois de atingir a mínima de 3,1590 reais

Dólar rondava a estabilidade ante uma cesta de moedas e cedia ante divisas emergentes (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Dólar rondava a estabilidade ante uma cesta de moedas e cedia ante divisas emergentes (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 29 de setembro de 2017 às 11h52.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta sexta-feira e rondava a casa de 3,15 reais diante de dados fracos de inflação nos Estados Unidos, o que alivia a pressão por mais aumentos de juros no país.

Às 10:52, o dólar recuava 0,43 por cento, a 3,1690 reais na venda, depois de atingir a mínima de 3,1590 reais logo após os dados norte-americanos. O dólar futuro tinha queda de 0,38 por cento.

"Com o ambiente doméstico mais tranquilo e os dados dos EUA, o dólar deve corrigir um pouco dos excessos dos últimos dias", avaliou a diretora da AGK Corretora Miriam Tavares.

O núcleo do índice de preços PCE, que exclui alimentos e energia, avançou 0,1 por cento em agosto, atingindo 1,3 por cento na comparação anual, ante 1,4 por cento em julho, o resultado mais fraco desde novembro de 2015. O índice PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve.

O banco central dos Estados Unidos sinalizou na semana passada que espera mais uma alta dos juros até o final do ano, depois de duas altas. Os mercados financeiros estão precificando 71 por cento de chances de alta dos juros em dezembro, contra 76 por cento antes, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME.

O dólar rondava a estabilidade ante uma cesta de moedas e cedia ante divisas emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano.

Internamente, a formação da Ptax, taxa que baliza contratos cambiais, no último dia do mês, pode trazer volatilidade ao mercado já que costuma deixá-lo mais técnico.

Os investidores também seguem monitorando as negociações para barrar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados, um dia depois de ele ter obtido uma vitória na escolha do relator, o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG).

Na primeira denúncia, Andrada votou no plenário da Câmara contra a autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgasse a acusação a Temer por corrupção passiva.

"Se o cenário político ajudar, a segunda denúncia for arquivada e a economia continuar a dar sinais positivos, penso que o dólar pode se manter no intervalo atual", projetou Tavares, referindo-se ao patamar entre 3,10 e 3,20 reais.

Por sua vez o Banco Central concluiu na véspera a rolagem parcial do vencimento de 9,975 bilhões de dólares em swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares --, com a venda de 6 bilhões de dólares, e não anunciou nenhuma atuação para esta sexta-feira, por ora.

O próximo vencimento de swap cambial tradicional só acontece em janeiro, com 9,137 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMercado financeiroMoedas

Mais de Mercados

Reunião de Lula e Haddad e a escolha de Scott Bessent: os assuntos que movem o mercado

Do dólar ao bitcoin: como o mercado reagiu a indicação de Trump para o Tesouro?

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3