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Dólar cai e fecha abaixo de R$3,15 com cena externa

Na semana, a moeda norte-americana caiu 0,19%, quarta queda semanal consecutiva, acumulando no mês perdas de 5,38%, até agora

Dólar: "Os números (dos Estados Unidos) reforçaram as apostas de que o aumento de juros será bastante gradual" (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: "Os números (dos Estados Unidos) reforçaram as apostas de que o aumento de juros será bastante gradual" (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de julho de 2017 às 17h19.

São Paulo - O dólar encerrou a sexta-feira em queda e abaixo do patamar de 3,15 reais, com os investidores de olho na cena externa e diante de novas perspectivas de ingresso de recursos no país.

O dólar recuou 0,68 por cento, a 3,1347 reais na venda, depois de bater 3,1327 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,65 por cento no final da tarde.

Na semana, a moeda norte-americana caiu 0,19 por cento, quarta queda semanal consecutiva, acumulando no mês perdas de 5,38 por cento, até agora.

"Os números (dos Estados Unidos) reforçaram as apostas de que o aumento de juros será bastante gradual", afirmou o profissional da mesa de derivativos de uma corretora nacional.

Ele referiu-se aos dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, que cresceu 2,6 por cento no segundo trimestre na comparação anual. Mas a expansão do primeiro trimestre foi revisada para 1,2 por cento, sobre 1,4 por cento reportado antes, o mais fraco em um ano.

Com esse cenário, o mercado sustentava que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não deve elevar mais do que o esperado os juros do país. Taxas maiores nos EUA têm potencial para atrair recursos de outras praças, como a brasileira.

No exterior, o dólar tinha queda firme ante uma cesta de moedas, mas operava misto ante divisas de países emergentes, subindo ante o peso chileno e caindo sobre a lira turca.

Internamente, o início da movimentação dos investidores para a formação da Ptax de final de mês, na segunda-feira, já teve alguma influência nos negócios, da mesma forma que a expectativa de ingresso de recursos por meio de operações de abertura de capital no país.

Na mais recente, a oferta pública inicial de ações do IRB Brasil foi precificada a 27,24 reais, movimentando cerca de 2 bilhões de reais.

A Ptax é uma taxa do Banco Central usada para liquidação de diversos contratos cambiais.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 7,5 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- e concluiu a rolagem dos contratos que vencem em agosto. Foi o quarto mês em que o BC rolou integralmente os vencimentos de swaps tradicionais.

Em setembro, não há nenhum vencimento mas, em outubro, vencem 8,205 bilhões de dólares em swap. O estoque total atual é de 27,764 bilhões de dólares, segundo o BC.

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