Às 10:12, o Ibovespa subia 0,68 %, a 101.413,61 pontos (Sertac Kayar/Reuters)
Reuters
Publicado em 28 de junho de 2019 às 09h30.
Última atualização em 28 de junho de 2019 às 15h33.
São Paulo — O dólar recuava ante o real no pregão desta sexta-feira, monitorando o primeiro dia da cúpula do G20, no Japão, e de olho em avanços da agenda econômica nacional como pano de fundo, ainda em dia de formação da taxa Ptax de fim de mês.
Às 10:07, o dólar recuava 0,11%, a 3,8289 reais na venda
Na véspera, o dólar fechou em baixa de 0,36%, a 3,833 reais na venda.
Neste pregão, o dólar futuro subia 0,2%.
Líderes das 20 maiores economias do mundo se reúnem nesta sexta-feira em Osaka, no Japão, para o primeiro dia da cúpula do G20.
Adotando cautela, investidores estão focados na reunião bilateral prevista para sábado entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, na expectativa de que ambos possam achar uma solução para a guerra comercial.
"Qualquer avanço no sentido de um acordo comercial deverá ter impacto positivo na percepção de risco global", ponderaram economistas da XP Investimentos em nota.
Nesta sexta-feira, o dólar se desvalorizava perante uma cesta de moedas, inclusive moedas emergentes, com a cautela ligada à possibilidade de um não acordo limitando ganhos.
O presidente Jair Bolsonaro, que está em Osaka para a cúpula, se reuniu nesta sexta-feira com Trump e os dois líderes conversaram sobre a ideia de um acordo de livre comércio entre os países.
Na cena local, prevalece um sentimento de otimismo entre agentes financeiros de que, a despeito de ruídos recentes entre Executivo e Legislativo, a reforma da Previdência avança em boa velocidade, com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmando que votará o texto no plenário da Casa antes do recesso parlamentar.
Na tarde de quinta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), demonstraram alinhamento sobre a necessidade da aprovação da matéria.
"As declarações coesas de Davi Alcolumbre em evento que contou com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçam o otimismo dos investidores quanto à aprovação do texto da comissão especial, com a inclusão dos Estados e municípios no regime geral", avaliou a corretora Correparti, em nota.
O pregão desta sexta-feira deve ser marcado por volatilidade na parte da manhã, em razão da formação da taxa Ptax de fim de mês.
O BC anunciou na quinta-feira que realizará na segunda-feira leilão de 6,175 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de agosto.
O Ibovespa avançava na manhã desta sexta-feira, na última sessão do semestre, em meio a expectativas para a cúpula do G20 no Japão, notadamente o encontro de sábado entre os líderes de EUA e China, enquanto investidores continuam acompanhando o andamento da reforma da Previdência.
Às 11:42, o Ibovespa <.BVSP> subia 0,49 %, a 101.214,92 pontos. O volume financeiro somava 3,65 bilhões de reais.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse mais cedo esperar negociações produtivas na cúpula do G20 com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre a guerra comercial que vem ameaçando o crescimento global, mas afirmou que não fez nenhuma promessa sobre o adiamento do aumento das tarifas.
"Enquanto o anúncio de um acordo é muito pouco provável, o mercado já vai se animar com sinalizações positivas das partes.", informou a corretora Coinvalores em nota a clientes.
Em Wall Street, o S&P 500 <.SPX> tinha elevação de 0,2%.
No cenário doméstico, o foco continua na tramitação da reforma da Previdência, com nomes relevantes do Congresso e do governo otimistas em relação ao cronograma da matéria, em especial a chance de o texto ser votado pelo plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.
A equipe da corretora H.Commcor também destacou que o mercado aguarda a votação do parecer da proposta da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara na próxima semana, com "investidores operando cada nova sinalização vindo de Brasília", conforme relatório a clientes.
Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro acompanhou o tom mais otimista sobre o andamento do texto.
"Como está sendo conversado pelo governo, pelo Congresso Nacional, na semana que vem se vota na comissão especial e, pelo que tudo indica, se aprova o texto que, logo depois, na semana seguinte, já pode ir para plenário e, quem sabe, votar pelo menos em primeiro turno antes do recesso parlamentar", disse.
Destaques
- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN subiam 1,07% e 0,92%, respectivamente, após seu presidente-executivo dizer que a empresa deverá sair dos segmentos de transporte e distribuição de gás no Brasil, além de anunciar o início do processo de venda de quatro refinarias, como parte de um plano maior de vender oito unidades equivalentes a metade de sua capacidade de refino.
- ELETROBRAS ON ganhava 2,31%, tendo como pano de fundo a aprovação da reestruturação societária entre as subsidiárias Eletrosul Centrais Elétricas e Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), visando a obtenção de sinergia operacional, tributária, econômico-financeira e societária.
- VALE NO avançava 0,56%, após o preço do minério de ferro atingir máximas recordes nesta sexta-feira e registrar seu maior ganho trimestral desde o final de 2016.
- GPA PN recuava 1,04% após ter a maior alta percentual em um dia considerando o fechamento em oito anos na sessão da véspera, na esteira do anúncio de um plano de reorganização de ativos pelo seu controlador.