Mercados

Dólar tem leve alta com temores sobre eleições

Às 11:16, o dólar avançava 0,24 por cento, a 3,4301 reais na venda, depois de acumular em abril alta de 3,69 por cento até a véspera

Dólar tinha leve alta ante o real nesta terça-feira (iStock/Getty Images)

Dólar tinha leve alta ante o real nesta terça-feira (iStock/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 10 de abril de 2018 às 11h18.

Última atualização em 10 de abril de 2018 às 11h22.

São Paulo - O dólar tinha leve alta ante o real nesta terça-feira, mantendo o movimento dos últimos seis pregões ainda diante da cautela com a cena política local por conta das eleições presidenciais deste ano e incertezas sobre quem comandará o país à frente.

Nem mesmo o maior alívio no exterior ajudava no mercado local, após as tensões entre China e Estados Unidos sobre eventual guerra comercial terem perdido um pouco de ímpeto nesta sessão.

Às 11:16, o dólar avançava 0,24 por cento, a 3,4301 reais na venda, depois de acumular em abril alta de 3,69 por cento até a véspera.

Na máxima deste pregão, a moeda norte-americana foi a 3,4361 reais e, na mínima, a 3,4010 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,25 por cento.

"Estamos num momento crucial", afirmou o presidente do correspondente cambial Remessa Online, Fernando Pavani, referindo-se ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode ocorrer no dia seguinte, das ações declaratórias de constitucionalidade que pedem a revisão do atual entendimento que permite execução de penas após esgotados recursos em segunda instância.

Se o entendimento for alterado, presos após condenação em segunda instância, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, podem ser soltos.

Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, é considerado pelos mercados financeiros menos comprometido com o ajuste fiscal. Mesmo que eventualmente não possa concorrer nas eleições deste ano, Lula pode atuar como forte cabo eleitoral e transferir seus votos a um candidato que desagrade aos mercados, levando os investidores a tomarem posições de proteção.

No exterior, o clima estava mais propício pela busca de risco, após o presidente da China, Xi Jinping, prometer abrir mais a economia do país e reduzir tarifas de importação sobre produtos como carros, discurso visto como uma tentativa de acalmar a disputa comercial com os Estados Unidos.

Assim, o dólar caía ante uma cesta de moedas e operava misto ante divisas de países emergentes.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão novo leilão de até 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em maio e somam 2,565 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente ao longo desse mês, o BC rolará o valor total.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralDólarEleições 2018Guerras comerciaisLuiz Inácio Lula da Silva

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa fecha em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off