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Dólar cai com realização de lucros e tendência externa

No Brasil, a queda ainda recebeu suporte das previsões de fluxo positivo, diante da Selic mais alta e de captações corporativas no exterior


	Dólar: o dólar à vista caiu 1,21%, para R$ 3,112, no balcão; oscilou entre máxima de R$ 3,1400 (-0,22%) e a mínima de R$ 3,1090 (-1,30%)
 (Getty Images)

Dólar: o dólar à vista caiu 1,21%, para R$ 3,112, no balcão; oscilou entre máxima de R$ 3,1400 (-0,22%) e a mínima de R$ 3,1090 (-1,30%) (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2015 às 17h35.

São Paulo - O dólar começou a semana em baixa nos mercados globais, em movimento de ajuste após a forte alta da sexta-feira, 5, em reação à divulgação da criação de postos de trabalho nos EUA em maio acima do esperado. No Brasil, foi o quarto declínio em cinco sessões neste mês.

O dólar à vista caiu 1,21%, para R$ 3,112, no balcão. Oscilou da máxima de R$ 3,1400 (-0,22%) à mínima de R$ 3,1090 (-1,30%). O volume, perto das 16h30, era de US$ 692 milhões. Às 16h31, o dólar para julho era negociado em R$ 3,136 (-1,09%).

O dólar já abriu em queda ante o real, alinhado à tendência externa, que favoreceu várias moedas, com destaque para o euro. A divisa europeia teve forte avanço nesta segunda-feira, a despeito das preocupações com a Grécia, que mostra grande dificuldade em fechar um acordo para pagamento de suas dívidas.

O ministro de Finanças da Grécia, Yannis Varoufakis, pediu aos credores internacionais do país para se comprometerem com as negociações em torno do programa de resgate, ressaltando que um acordo é urgentemente necessário para prevenir o que poderia ser a saída sem intenção da Grécia da zona do euro. Às 16h32, o euro avançava a US$ 1,1287.

Operadores nas mesas de câmbio atribuíram a trajetória descendente do dólar basicamente a um movimento generalizado de realização de lucros, uma vez que na sessão anterior a moeda norte-americana teve expressiva valorização, após a divulgação do payroll de maio.

O documento mostrou a criação de 280 mil vagas nos EUA no mês passado, a maior do ano e acima das expectativas dos analistas, de geração de 225 mil postos.

No Brasil, a queda ainda recebeu suporte das previsões de fluxo positivo, diante da Selic mais alta e das captações corporativas no exterior que vêm sendo anunciadas.

Ainda que em montantes mais modestos, como os US$ 2,5 bilhões da Petrobras, os analistas destacam que tais operações têm um papel importante ao sinalizar que o investidor tem interesse em papéis brasileiros mesmo com a deterioração dos fundamentos macroeconômicos. Segundo fontes, a Embraer emitiu US$ 1 bilhão com prêmio de 270 pontos-base sobre as Treasuries Notes de dez anos.

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