Dólar: às 10:38, o dólar recuava 0,21 por cento, a 3,2552 reais na venda (Gary Cameron/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de março de 2018 às 11h15.
Última atualização em 14 de março de 2018 às 11h16.
São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta quarta-feira, após dois dias seguidos de ganho e em sintonia com o mercado externo após dados robustos sobre a economia chinesa impulsionarem os preços das commodities.
Às 10:38, o dólar recuava 0,21 por cento, a 3,2552 reais na venda, depois de subir 0,33 por cento nos dois pregões anteriores. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,25 por cento.
"Os dados chineses robustos fortalecem as moedas emergentes ante o dólar", afirmou o diretor da mesa de câmbio da Corretora MultiMoney, Durval Correa.
Pequim anunciou mais cedo que sua produção industrial cresceu 7,2 por cento entre janeiro e fevereiro, muito mais rápido do que o esperado no início do ano, sugerindo que a economia pode estar ganhando força.
Os números impulsionaram os preços das commodities, como o petróleo. Assim, o dólar subia ante uma cesta de moedas, mas recuava sobre divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Ainda na cena externa, foi divulgado que as vendas no varejo dos Estados Unidos caíram pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro, em meio à percepção dos mercados financeiros de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não vai elevar os juros mais do que o esperado.
O Fed vem indicando que elevará os juros três vezes neste ano de forma gradual e, um movimento mais forte do que o esperado, aumentaria o potencial de atrair para os Estados Unidos recursos aplicados hoje em outros mercados financeiros, como o brasileiro.
Apesar disso, pesquisa Reuters com diversos economistas mostrou que as projeções passaram a incluir alta adicional nos juros, totalizando quatro em 2018. O levantamento também apurou que as tarifas de importação do presidente Donald Trump farão mais mal do que bem para a economia dos EUA.
O Fed elevará os juros na próxima semana, disseram todos os 104 economistas entrevistados pela Reuters entre 5 e 13 de março, com mais três altas esperadas para este ano, impulsionadas pelo sólido mercado de trabalho. No levantamento feito há algumas semanas, as projeções eram de três altas neste ano.
O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão novo leilão de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em abril e somam 9,029 bilhões de dólares.
Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.