Mercados

Dólar cai com aprovação da Previdência e apostas de corte de juros nos EUA

Às 10:31, o dólar recuava 0,16%, a 3,7523 reais na venda

Dólar: na quarta, a moeda encerrou no menor patamar desde fevereiro (Pixabay/Reprodução)

Dólar: na quarta, a moeda encerrou no menor patamar desde fevereiro (Pixabay/Reprodução)

R

Reuters

Publicado em 11 de julho de 2019 às 09h10.

Última atualização em 11 de julho de 2019 às 10h43.

São Paulo — O dólar recuava ante o real nesta quinta-feira, após aprovação do texto principal da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados, tendo como pano de fundo as elevadas expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve.

Às 10:31, o dólar recuava 0,16%, a 3,7523 reais na venda.

Na véspera, o dólar encerrou com queda de 1,30%, a 3,7585 dólares, menor patamar desde fevereiro.

Neste pregão, o dólar futuro tinha queda de cerca de 0,12%.

Na noite de quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou com placar folgado — 379 votos a 131 — o texto principal da reforma da Previdência em primeiro turno, garantindo uma conquista ao governo.

A proposta ainda pode ser alterada por emendas a serem votadas separadamente nesta quinta-feira e o teor fiscal da matéria pode ser diminuído, o que concentra atenção de participantes do mercado nesta manhã.

"Precisa deixar (a Câmara) terminar de votar os destaques para ver qual vai ser o final da história, para ver qual vai ser a economia fiscal", afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.

A vantagem no placar foi bem vista por agentes financeiros, mas a tentativa de votar um destaque ainda na quarta-feira, sem sucesso, levantou preocupação. Maia preferiu interromper a votação quando percebeu que, segundo ele, os deputados estavam confusos com as propostas de mudanças.

"A desidratação da reforma através dos destaques ainda é possível, resultado de insatisfações com o Planalto, que ainda não teria atendido às promessas que fez aos deputados", avaliaram analistas da XP Investimentos.Concluída a aprovação no primeiro turno, a PEC volta à comissão especial, que deve dar o aval ao texto produzido pelo plenário.

Só depois disso, a PEC volta ao plenário para o segundo turno de votação, respeitado o intervalo de 5 sessões do primeiro turno. Mas esse prazo deve ser quebrado por meio de um requerimento, já que parlamentares favoráveis à proposta alimentavam a expectativa de liquidar sua tramitação por completo na Câmara ainda nesta semana.

Do lado externo, participantes do mercado monitoram fala do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em depoimento semestral ao Senado, que deve repetir as declarações feitas à Câmara na véspera.

Powell reiterou que o Fed vai "agir conforme apropriado" para combater a desaceleração da economia, deixando a porta aberta para um corte de juros pela primeira vez em uma década.

O real, assim como outras moedas emergentes, era beneficiado por apostas de que autoridades do banco central norte-americano cortarão juros em sua próxima reunião de política monetária. O índice do dólar contra uma cesta de moedas perdia cerca de 0,12% nesta quinta-feira.

 

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresDólarMercado financeiro

Mais de Mercados

ETF da Argentina bate recorde de investimentos e mostra otimismo de Wall Street com Milei

Ibovespa avança à espera de fiscal; ações do Carrefour sobem

B3 lança novo índice que iguala peso das empresas na carteira

Carrefour Brasil: desabastecimento de carne bovina afeta lojas do Atacadão