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Dólar cai cerca de 1% após Previdência avançar para o Senado

Às 12:06, o dólar recuava 1,00%, a 3,9351 reais na venda

Dólar: moeda recuava na abertura do pregão desta quinta-feira (Thomas Trutschel/Getty Images)

Dólar: moeda recuava na abertura do pregão desta quinta-feira (Thomas Trutschel/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2019 às 09h30.

Última atualização em 8 de agosto de 2019 às 12h33.

São Paulo — O dólar recuava cerca de 1% ante o real nesta quinta-feira, acompanhando o exterior, onde dados positivos da China acalmaram parte dos temores ligados à disputa comercial entre chineses e norte-americanos, e tendo como pano de fundo a conclusão da votação da reforma da Previdência na Câmara, que agora seguirá ao Senado

Às 12:06, o dólar recuava 1,00%, a 3,9351 reais na venda. Na máxima do pregão, a moeda foi a 3,9688 reais na venda e na mínima tocou 3,9288 reais na venda.

Na véspera, a divisa norte-americana fechou em alta de 0,48%, a 3,9749 reais na venda.

O dólar futuro de maior liquidez perdia cerca de 0,8% neste pregão.

Do cenário externo, dois fatores colaboraram para amenizar em parte o sentimento de aversão ao risco que prevaleceu na véspera ligado à disputa comercial entre Estados Unidos e China.

Dados divulgados nesta quinta-feira mostraram que as exportações de julho na China cresceram 3,3% em relação ao ano anterior, enquanto analistas esperavam uma queda de 2%. Foi o ritmo mais forte desde março.

Autoridades chinesas também fixaram o valor diário do iuan em um nível mais firme do que muitos esperavam, sinalizando intenção de estabilizar a queda da moeda. "Essa sinalização da China, ou a expectativa de que a China aliviará um pouco as pressões, acaba trazendo um alívio, até porque a (aprovação da reforma da) Previdência já estava na conta", disse o analista-chefe da Geral Asset, Carlos Müller.

Apesar da melhora neste pregão, investidores reiteram que a volatilidade e a cautela permanecem no mercado e não descartam uma rápida reversão do movimento, com agentes ainda posicionados em ativos seguros e defensivos.

Em evento em São Paulo nesta manhã, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu que a tensão comercial está começando a afetar alguns mercados emergentes.

No cenário local, a Câmara dos Deputados concluiu no fim da noite de quarta-feira a votação em segundo turno da reforma da Previdência, com parlamentares rejeitando todos os destaques apresentados. O texto seguirá agora ao Senado.

As expectativas para a tramitação do texto no Senado são positivas.

O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse mais cedo no Twitter que fará a leitura da PEC no plenário e, em seguida, encaminhará o texto à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado ainda nesta quinta-feira.

O Banco Central vendeu nesta quinta-feira todos os 11 mil contratos de swap cambial ofertados em leilão para rolagem do vencimento outubro. Em seis operações até agora neste mês, o BC promoveu a rolagem de 3,300 bilhões de dólares, de um total de 11,5 bilhões de dólares. 

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