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Dólar cai ante real com vitória de Maia na Câmara

O dólar fechou em queda frente ao real pela terceira sessão consecutiva após a escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados


	Dólares: dólar recuou 0,46 por cento, a 3,2595 reais na venda
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Dólares: dólar recuou 0,46 por cento, a 3,2595 reais na venda (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 18h32.

São Paulo - O dólar fechou em queda frente ao real pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira, após a eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerado pragmático e com bom trânsito com o presidente interino Michel Temer, como presidente da Câmara dos Deputados.

O dólar recuou 0,46 por cento, a 3,2595 reais na venda, após chegar a 3,2175 reais na mínima da sessão.

A moeda norte-americana acumulou queda de 1,53 por cento em três sessões. O dólar futuro caía cerca de 0,20 cento no fim da tarde.

"Maia representou nova conquista do presidente interino visto que tende a 'jogar lado a lado' com o mesmo no que tange à aprovação de medidas relevantes ao ajuste fiscal no Congresso", escreveram analistas da corretora H.Commcor em nota a clientes.

A eleição de Maia como sucessor do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dá fim à instabilidade causada nos trabalhos da Casa pelas idas e vindas sob a interinidade do primeiro vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA).

A votação foi bem recebida pelo mercado, que demonstrava preocupação com o crescimento da candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI).

Castro se posicionou contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, assustando investidores que culpam as política adotadas em seu primeiro mandato por aprofundar a crise econômica no Brasil.

O dólar chegou a cair mais de 1 por cento frente ao real no intradia, mas reduziu as perdas durante a tarde em movimento de realização de lucros e alinhou-se com os pares da América Latina.

A moeda norte-americana recuou em relação às principais moedas emergentes nesta sessão após o Banco da Inglaterra informar que deve adotar medidas em três semanas, apesar de surpreender operadores ao manter os juros nesta manhã.

"Foi uma decepção para muitos, mas a sinalização (de mais estímulos no curto prazo) é uma colher de chá", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

A atuação do Banco Central brasileiro tampouco foi suficiente para estancar o tombo da moeda norte-americana. A autoridade monetária vendeu novamente nesta manhã 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, repetindo a operação que realizou em todos os pregões deste mês exceto um.

Texto atualizado às 17h29

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