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Dólar cai abaixo de R$3,75 com maior apetite por risco no exterior

Às 12:00, o dólar recuava 0,60 por cento, a 3,7440 reais na venda, depois de ter subido 0,8 por cento na última sexta-feira, para 3,7667 reais

Queda: o dólar caía ante a cesta de moedas e também ante as moedas emergentes, como o peso chileno e a lira turca (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Queda: o dólar caía ante a cesta de moedas e também ante as moedas emergentes, como o peso chileno e a lira turca (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 4 de junho de 2018 às 13h23.

Última atualização em 4 de junho de 2018 às 13h25.

São Paulo - O dólar operava em queda e abaixo de 3,75 reais nesta segunda-feira, acompanhando a trajetória da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior em dia de maior busca pelo risco.

Às 12:00, o dólar recuava 0,60 por cento, a 3,7440 reais na venda, depois de ter subido 0,8 por cento na última sexta-feira, para 3,7667 reais, e encerrado a semana com valorização de 2,68 por cento. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,4 por cento.

"Os recentes dados econômicos positivos ao redor do mundo, que mostram um crescimento global ainda saudável e relativamente robusto, parecem estar dando suporte ao humor global ao risco", escreveu o chefe de multimercados da gestora Icatu Vanguarda, Dan Kawa, em relatório.

Na sexta-feira, os dados mais fortes do mercado de trabalho norte-americano deram força ao dólar ante outras divisas, uma vez que alimentam uma atuação mais forte do banco central dos Estados Unidos neste ano.

Nesta segunda-feira, esses números ofuscavam as preocupações de que as guerras tarifárias entre EUA e o resto do mundo poderiam retardar o crescimento da economia global. Além disso, o fortalecimento do euro com a redução das preocupações com a Itália também favorecia a busca pelo risco.

O dólar caía ante a cesta de moedas e também ante as moedas emergentes, como o peso chileno e a lira turca.

O euro subia ante o dólar com sinais de menos incertezas na Itália, após notícias de um acordo sobre um governo de coalizão, evitando eleições potencialmente desestabilizadoras.

Internamente, os investidores seguiam monitorando os desdobramentos da saída de Pedro Parente do cargo de presidente-executivo da Petrobras e sua substituição por Ivan Monteiro, bem como os desdobramentos da greve dos caminhoneiros e como será a condução da política de preços da petroleira a partir de agora.

O Banco Central fez nesta sessão leilão de novos swaps cambiais tradicionais - equivalentes à venda futura de dólares - e vendeu a oferta integral de até 15 mil contratos, totalizando 1,5 bilhão de dólares neste mês.

A autoridade também vendeu integralmente a oferta de até 8.800 contratos de swap cambial tradicional, rolando 880 milhões de dólares do total de 8,762 bilhões de dólares que vence em julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, rolará integralmente o total de 8,762 bilhões de dólares que vence em julho.

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