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Dólar cai à espera de substituto de Levy

Os nomes ventilados durante a tarde, entretanto, desagradaram aos investidores, levando o dólar para baixo


	Joaquim Levy: o receio é de que, sem ele, Dilma dê uma "guinada à esquerda" em seu governo e retome práticas de seus primeiros quatro anos no Planalto
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Joaquim Levy: o receio é de que, sem ele, Dilma dê uma "guinada à esquerda" em seu governo e retome práticas de seus primeiros quatro anos no Planalto (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 17h57.

São Paulo - A movimentação em torno do substituto de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda ocupou os agentes no mercado financeiro nesta tarde de sexta-feira, 18, depois que o ministro sinalizou que estava mesmo de saída.

Os nomes ventilados durante a tarde, entretanto, desagradaram aos investidores, levando o dólar para baixo.

A possibilidade do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ocupar a vaga deixada por Levy acabou pressionando as cotações na reta final e o dólar terminou o dia na máxima, cotado a R$ 3,9614, em alta de 1,75%.

Na mínima da sessão, a divisa marcou R$ 3,8790 e, na máxima, R$ 3,9614. No mês, acumula alta de 2,18% e, no ano, de 48,98%. Na semana, subiu 2,28%. No mercado futuro, a moeda para janeiro avançava 2,50%, a R$ 3,9900 às 17h38.

Antes de Barbosa, entretanto, outros nomes surgiram e foram devidamente digeridos pelo mercado de câmbio. A cada boato, o mercado estressava, até fechar na máxima com Barbosa.

Após Joaquim Levy ter se despedido ontem de participantes da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) e, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, dado indicações de sua saída iminente, os investidores já começaram esta sexta-feira em busca de dólares.

A avaliação geral era de que a saída de Levy - o maior defensor da austeridade dentro do governo - é ruim, principalmente sob o ponto de vista do ajuste fiscal.

O receio é de que, sem ele, Dilma dê uma "guinada à esquerda" em seu governo e retome práticas de seus primeiros quatro anos no Planalto.

Ao mesmo tempo, pesava nos negócios as vitórias do governo no Supremo Tribunal Federal (STF), que definiu na noite de ontem o rito a ser seguido no Congresso para o andamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

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