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Dólar cai 1%, para menos de R$ 2,20, após PIB fraco dos EUA

Queda foi influenciada por dados de que os EUA cresceram menos do que se esperava no 1º trimestre, aliviando temores de que os estímulos sejam reduzidos em breve


	O dólar recuou 1,02 %, para 2,1894 reais na venda, maior queda diária desde 5 de abril, quando perdeu 1,4 %
 (Joe Raedle/Newsmakers)

O dólar recuou 1,02 %, para 2,1894 reais na venda, maior queda diária desde 5 de abril, quando perdeu 1,4 % (Joe Raedle/Newsmakers)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 17h37.

São Paulo - O dólar caiu 1 % nesta quarta-feira e fechou abaixo de 2,20 reais pela primeira vez em mais de uma semana, depois que dados mostraram que os Estados Unidos cresceram menos do que se esperava no primeiro trimestre, aliviando temores de que os estímulos do país sejam reduzidos em breve.

O Banco Central brasileiro também anunciou na véspera mais uma medida para retirar entraves no mercado cambial. O BC zerou a alíquota do compulsório bancário sobre as posições vendidas em câmbio, mas analistas destacaram que a ação teve efeito limitado sobre as cotações nesta sessão.

O dólar recuou 1,02 %, para 2,1894 reais na venda, maior queda diária desde 5 de abril, quando perdeu 1,4 %.

"É mais um dia de alívio, aqui e lá fora. O PIB dos EUA veio fraco, o que deu um pouco de força para o real porque indica que o estímulo não vai ser reduzido tão cedo", disse o operador de uma corretora brasileira.

Dados divulgados na manhã desta quarta-feira mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano expandiu a uma taxa anual de 1,8 % no primeiro trimestre do ano, abaixo da estimativa anterior e da expectativa de economistas de expansão de 2,4 %.

Os mercados globais ficaram muito estressados após o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizar na semana passada que o banco central poderá começar a diminuir o programa de estímulo monetário ainda este ano e encerrá-lo em meados de 2014 devido a sinais de recuperação da economia do país.

"As notícias recentes foram boas e o pessoal continua desmontando posições", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam Reginaldo Siaca, para quem a tendência recente de queda do dólar deve continuar até a formação da Ptax de junho, no último pregão do mês.

No exterior, a perspectiva de que o Fed deve sustentar o ritmo de aquisição de ativos amparava as bolsas de valores e levava divisas emergentes a ganhar força ante o dólar. O dólar neozelandês avançava 0,68 % frente à moeda norte-americana, que, por sua vez, recuava 0,33 % em relação ao peso mexicano.

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