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Dólar cai 0,36% com movimento de venda de exportadores

No fim de semana, o presidente Michel Temer se reuniu com aliados para garantir apoio à reforma da Previdência

Dólar: "O mercado acordou mais tranquilo, com a leitura de que o governo vai conseguir aprovar alguma reforma da Previdência, que haverá um acordo" (foto/Thinkstock)

Dólar: "O mercado acordou mais tranquilo, com a leitura de que o governo vai conseguir aprovar alguma reforma da Previdência, que haverá um acordo" (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 10 de abril de 2017 às 17h19.

São Paulo - Depois de subir por três sessões consecutivas e encerrar a semana passada no nível de 3,15 reais, o dólar atraiu exportadores e fechou em queda nesta segunda-feira, tendo como pano de fundo as negociações para a reforma da Previdência no Brasil.

O dólar recuou 0,36 por cento, a 3,1390 reais na venda, após saltar 1,69 por cento nos três pregões passados. Na mínima do dia, foi a 3,1300 reais.

O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,40 por cento no final desta tarde.

"O mercado acordou mais tranquilo, com a leitura de que o governo vai conseguir aprovar alguma reforma da Previdência, que haverá um acordo", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Na semana passada, os investidores reagiram mal e com movimentos defensivos após o governo recuar e abrir mão de pontos da proposta original da reforma da Previdência para tentar garantir sua aprovação no Congresso Nacional, movimento que reduzirá a economia nas despesas em 115 bilhões de reais ao longo de 10 anos.

Com isso, o governo também piorou sua projeção da meta fiscal para 2018, já vendo dificuldade na recuperação das contas públicas e em meio ao lento avanço da economia.

No fim de semana, o presidente Michel Temer se reuniu com aliados para garantir apoio à proposta e, nesta manhã, equipe econômica assumiu um tom mais alarmista para defender a necessidade de o Congresso Nacional aprovar a reforma da Previdência agora.

Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) defenderam que, entre outros, se a reforma não for aprovada neste ano, direitos dos aposentados serão cortados num futuro próximo e a economia não se recuperará bem neste ano.

"Nesse ambiente mais calmo e com a agenda esvaziada, o fluxo (de venda de dólares) se sobrepôs", destacou um outro profissional da mesa de câmbio.

No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas, com os investidores à espera de declarações da chair do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, mais tarde nesta segunda-feira, em meio a um pregão de baixo volume.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão. Em maio, vencem 6,389 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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