A moeda norte-americana caiu 0,27 %, para 2,0075 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 2,8 bilhões de dólares (REUTERS/Sukree Sukplang)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2013 às 17h39.
São Paulo - O dólar encerrou em queda frente ao real nesta terça-feira, refletindo o otimismo nos mercados internacionais diante de sinais animadores sobre a economia alemã e da perspectiva de continuidade de estímulos monetários em todo o mundo.
Os ganhos foram limitados, no entanto, pois investidores continuam a evitar grandes apostas no mercado cambial devido ao temor de novas intervenções do Banco Central.
A moeda norte-americana caiu 0,27 %, para 2,0075 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 2,8 bilhões de dólares.
O número de encomendas à indústria alemã subiu novamente em março, em um sinal animador sobre as perspectivas econômicas da principal economia da zona do euro. Ainda assim, declarações de autoridades europeias nessa semana sugerem que essa melhora não é suficiente para motivar o fim dos estímulos monetários implementados na região.
Os dados deram novo impulso aos mercados, elevando a demanda por ativos arriscados como ações de países emergentes e pressionando para baixo as cotações do dólar. Minutos antes do fechamento, o principal índice da Bovespa avançava 1,4 %.
As flutuações do dólar frente ao real têm sido contidas, no entanto, pela perspectiva de que o BC intervenha no mercado caso a divisa norte-americana ultrapasse as extremidades de uma banda cambial informal ditada pelo BC. Segundo analistas, esta banda atualmente se situaria entre 1,95 e 2,03 reais.
"É isso que faz todo mundo ter cautela", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos, para quem atuações do BC serão desencadeadas por "volatilidade dissociada de fundamentos".
Isso levou o dólar a se estabilizar em torno do patamar de 2 reais, considerado confortável pelas autoriades brasileiras.
Analistas afirmam que a estabilidade do dólar nesse nível ajuda o setor exportador, sem causar pressões inflacionárias adicionais.
"Nesse mercado em que você não tem notícias, não tem alteração drástica em termos de fundamentos, não dá para fazer grandes movimentações", acrescentou Santos.
Atualizada às 17h39.