Dólar: às 9h29, o dólar à vista no balcão subia 0,42%, a R$ 2,3970, na mínima (Susana Gonzalez/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 10h08.
São Paulo - O dólar opera em alta ante o real nesta terça-feira, 18, acompanhando o movimento visto em relação a outras moedas emergentes, enquanto os juros futuros também se mostram pressionados para cima.
Os mercados estão em compasso de espera, uma vez que uma série de eventos e indicadores é aguardada, a começar pela entrevista da presidente Dilma Rousseff a rádios e emissoras de TV do Piauí, às 10 horas, seguida da divulgação do índice de atividade industrial Empire State dos Estados Unidos, às 10h30.
Nesse mesmo horário, o ministro da Fazenda Guido Mantega, participa do evento de apresentação do 9º balanço das ações do PAC e a CNT/MDA divulga os índices de popularidade do governo e pessoal da presidente Dilma.
O ponto forte da agenda doméstica, no entanto, é a teleconferência do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, com jornalistas da imprensa internacional em Brasília, às 11 horas, que pode ajudar a calibrar as apostas para a próxima reunião do Copom.
Também existe expectativa de que o governo anuncie os próximos passos no lado fiscal - a meta de superávit primário em 2014 -, o que pode ocorrer a qualquer momento. A redução da projeção de crescimento do Brasil para 2015 pela agência Moody's também pesa.
No mercado de juros, às 9h29, o DI para janeiro de 2015 estava em 11,26%, ante 11,22% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 estava em 12,64%, ante 12,58% no ajuste de segunda-feira, 17.
Às 9h29, o dólar à vista no balcão subia 0,42%, a R$ 2,3970, na mínima. Outras moedas ligadas a commodities também perdiam para a moeda americana, influenciadas pelo corte da meta de crescimento da produção industrial da China para 9,5% em 2014, de 10% em 2013. O dólar subia 0,13% ante o dólar australiano, +0,16% em relação ao dólar canadense e +0,57% contra o dólar neozelandês.
A moeda dos EUA tinha alta de 0,26% ante a lira turca. Hoje, o BC da Turquia manteve as taxas de juros inalteradas, enquanto o Banco da Reserva da Austrália (RBA) manteve a projeção de um período estável para as taxas de juros.
Os investidores também digerem a ousadia do Banco Central do Japão (BoJ), que flexibilizou mais sua política monetária ultrafrouxa, animando a Bolsa de Tóquio, e a decepção com o índice Zew de expectativas econômicas na Alemanha em fevereiro, que caiu mais do que o esperado.
Às 9h17, o Ibovespa futuro cedia 0,28%, aos 47.815 pontos. O mercado de ações doméstico segue atento às ações do setor elétrico e a sinais do governo sobre como lidar com o risco de racionamento de energia.
Em Nova York, no mercado futuro, as bolsas estavam perto da estabilidade, o Dow Jones subia 0,11%, o S&P 500 tinha alta de 0,06% e o Nasdaq avançava 0,06%, após esses dois últimos terem operado em leve queda até minutos antes.
Na Europa, as bolsas também ensaiavam melhora, ajudadas por balanços corporativos, mas a maioria seguia com viés negativo, com Paris em baixa de 0,14%, Frankfurt +0,03%, Lisboa em -0,27%, Madri -0,81%, Milão +0,03%, enquanto a Bolsa de Londres subia 0,33%.