O dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira, 6, em forte alta de 1,20%, a 4,716 reais. O desempenho da moeda americana reagiu à divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed), o FOMC. 

O documento adotou um tom mais hawkish, ou seja, mais favorável a juros mais altos. Alguns membros do Fed sinalizaram a possibilidade de uma alta de 0,5 ponto percentual na próxima reunião – em um ritmo mais acelerado do que o esperado. Além disso, as autoridades do Fed concordaram, por unanimidade, em reduzir seu balanço patrimonial já na próxima reunião, em maio, em um valor consenso de 95 bilhões de dólares por mês.

“A ata do Fed reforçou a preocupação do mercado, pressionando as moedas de países emergentes. E, como sempre, o real se destacou entre os demais, por ser mais volátil”, avalia Fernanda Consorte, economista chefe do Banco Ourinvest. Em dois dias, o dólar registrou a maior alta acumulada desde fevereiro passado.

Além do real, peso mexicano, peso chileno, peso colombiano, lira turca e dólar australiano registraram quedas, recuando entre 0,3% e 1,7%. Já o índice do dólar (DYX), que avalia o desempenho da divisa americana frente a uma cesta de moedas desenvolvidas, subiu 0,12% e chegou a atingir um pico em quase dois anos.

*Com a Reuters

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