Mercados

Dólar avança mais de 1% ante o real após Datafolha

Os investidores também monitoravam o cenário externo, com as renovadas preocupações sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China

Notas de dólar (Gary Cameron/Reuters)

Notas de dólar (Gary Cameron/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 11 de setembro de 2018 às 09h26.

Última atualização em 11 de setembro de 2018 às 10h46.

São Paulo - O dólar subia mais de 1 por cento e rondava os 4,16 reais nesta terça-feira com os agentes financeiros reagindo à movimentação da esquerda na última pesquisa Datafolha de intenção de votos para a eleição presidencial de outubro.

Às 10:38 o dólar avançava 1,55 por cento, a 4,1569 reais na venda, depois de terminar a véspera em queda pela terceira sessão consecutiva, de 0,26 por cento, a 4,0935 reais. Na máxima, a moeda foi a 4,1703 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 1,7 por cento.

O levantamento divulgado na véspera mostrou Ciro Gomes (PDT) com 13 por cento, de 10 por cento antes, enquanto Fernando Haddad, que deve ser confirmado nesta tarde candidato do PT no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva, avançou a 9 por cento, de 4 por cento antes.

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, segue na liderança com 24 por cento das intenções de voto, de 22 por cento antes, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB), o que mais agrada ao mercado, chegou a 10 por cento, apenas um ponto percentual acima do último levantamento.

Até então, após Bolsonaro sofrer ataque a faca durante ato de campanha em Minas Gerais na semana passada, o mercado acreditava que essa situação poderia enfraquecer a esquerda, cujos candidatos vê como menos cuidadosos com as contas públicas.

"(Mas) é importante esperar uma segunda e até uma terceira pesquisa depois do evento Bolsonaro para confrontá-las, definir uma tendência", ponderou o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer.

Os investidores também monitoravam o cenário externo, onde permanecem as preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que está pronto para impor tarifas sobre praticamente todas as importações chinesas.

O dólar subia ante a cesta de moedas e também ante a maioria das divisas de emergentes, como lira turca e peso chileno.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de 9,801 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:DatafolhaDólarDólar comercialJair BolsonaroMercado financeiro

Mais de Mercados

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria