Mercados

Dólar avança 1% com tensão comercial e Previdência no radar

Às 12h29, o dólar à vista tinha alta de 1,05 por cento, para 3,9741 reais na venda, depois de alcançar 3,9821 reais na máxima

Câmbio: dólar avançava ante o real no pregão desta quinta-feira (Pixabay/Reprodução)

Câmbio: dólar avançava ante o real no pregão desta quinta-feira (Pixabay/Reprodução)

R

Reuters

Publicado em 9 de maio de 2019 às 09h16.

Última atualização em 9 de maio de 2019 às 12h59.

São Paulo — O dólar avançava ante o real no pregão desta quinta-feira, acompanhando a cautela no exterior em meio às renovadas tensões comerciais, e tendo a reforma da Previdência no radar.

Às 12h29, o dólar à vista tinha alta de 1,05 por cento, para 3,9741 reais na venda, depois de alcançar 3,9821 reais na máxima.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,91 por cento, a 3,9332 reais na venda, maior recuo em mais de um mês.

O dólar futuro ganhava cerca de 1,1 por cento.

Do lado externo, permanece forte o sentimento de cautela ligado às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que serão retomadas em Washington nesta quinta-feira, com a delegação chinesa afirmando estar totalmente preparada para defender seus interesses.

O acordo foi posto em dúvida nesta semana após Trump anunciar elevação das tarifas sobre produtos chineses de 10 a 25 por cento a partir de sexta-feira.

A incerteza com relação ao comércio mantém agentes locais na defensiva, o que deve se prolongar na sexta-feira, dia em que autoridades chinesas e dos EUA ainda estarão reunidas, avaliou o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante.

No panorama doméstico, o mercado segue com a reforma da Previdência no radar, após participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na comissão especial da Câmara na véspera.

Guedes defendeu a reforma da Previdência, mas não detalhou, num primeiro momento, a economia que o governo prevê com a proposta.

O ministro afirmou ainda que seria uma irresponsabilidade deixar Estados e municípios de fora da Previdência, relatando que percebeu que muitos governadores e prefeitos querem ser incluídos na reforma.

Na avaliação de participantes do mercado, Guedes se saiu bem na comissão especial, mas ainda há uma preocupação ligada à atuação do chamado centrão.

"O problema maior é que o centrão ainda não vai ficar contente só com esses dois ministérios, vai querer mais com certeza, isso vai causar uma certa instabilidade e o Bolsonaro vai começando a fazer a velha política", disse Cavalcanti, referindo-se à decisão do presidente Jair Bolsonaro de recriar os ministérios das Cidades e da Integração Nacional na terça-feira, cedendo à pressão de parlamentares.

O Banco Central vendeu nesta quinta-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em seis operações, o BC já rolou 1,515 bilhão de dólares, de um total de 10,089 bilhões de dólares a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de 68,863 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarReforma da Previdência

Mais de Mercados

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump

Ibovespa fecha em queda de 1,61% pressionado por tensões políticas

Dólar fecha em alta de 0,73% após Bolsonaro ser alvo de operação da PF