O dólar à vista terminou em alta de 0,51%, a R$ 3,1610; na máxima, atingiu R$ 3,1810 (+1,14%) e na mínima, R$ 3,1500 (+0,16%) (AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2015 às 17h35.
São Paulo - Após fazer uma pausa na quarta-feira, 27, o dólar retomou a trajetória de alta ante o real, em meio à tendência de fortalecimento vista no exterior e a fatores locais que também estimularam as compras da moeda.
Nesta quinta-feira, 28, o dólar à vista terminou em alta de 0,51%, a R$ 3,1610. Na máxima, atingiu R$ 3,1810 (+1,14%) e na mínima, R$ 3,1500 (+0,16%). Perto das 16h30, o volume era exuberante, de cerca de US$ 2,60 bilhões. O dólar para junho estava em R$ 3,162 (+0,60%).
A moeda operou em alta durante toda a sessão. As máximas foram renovadas pela manhã, quando o mercado, além de acompanhar o movimento ante as divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior, também estava cauteloso com a votação da Medida Provisória 668 no Senado, do aumento das alíquotas de PIS/Pasep e Cofins de produtos importados, a última das três MPs do ajuste fiscal a ser analisada pela Casa esta semana.
A medida foi aprovada no início da tarde, o que abriu caminho para a moeda perder levemente o fôlego no período da tarde.
Além disso, no meio da tarde, ganhou um pouco de força a pressão dos vendidos no mercado futuro, interessados em pressionar para baixo as cotações da moeda em razão do vencimento do contrato de junho, que será liquidado na segunda-feira pela Ptax de amanhã.
Esta taxa também vai balizar o vencimento de contratos de swaps cambiais e o mercado agora espera pelas informações do Banco Central de como será a dinâmica de rolagem dos contratos de swap que vencem em julho, que deve ocorrer amanhã. Ainda, segundo operadores, na medida em que a moeda bate no nível de R$ 3,18 aparecem os vendedores.
Por fim, outro fator que ajudou o dólar a arrefecer o avanço foi a divulgação do superávit primário de R$ 10,085 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) em abril. O número veio ligeiramente abaixo da mediana das expectativas coletadas pelo AE Projeções, de R$ 11,330 bilhões, mas ainda assim agradou aos investidores, que haviam se posicionado para um número pior.