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Dólar avança em dia de formação de Ptax mensal

Às 10:44, o dólar avançava 0,19 por cento, a 3,7375 reais na venda

Câmbio: dólar subia levemente ante o real no pregão desta quinta-feira (Don Farrall/Getty Images)

Câmbio: dólar subia levemente ante o real no pregão desta quinta-feira (Don Farrall/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 09h22.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2019 às 11h03.

São Paulo — O dólar subia levemente ante o real no pregão desta quinta-feira, em dia de fechamento da Ptax mensal e em uma semana de volatilidade, com investidores em compasso de espera, sem impulso claro à moeda.

Às 10:44, o dólar avançava 0,19 por cento, a 3,7375 reais na venda. O dólar futuro operava com alta de 0,24 por cento. Na véspera, a moeda fechou em queda de 0,38 por cento, a 3,7304 reais.

Investidores aguardavam nesta quarta-feira a divulgação do PIB brasileiro e norte-americano do quarto trimestre de 2018, além de monitorar negociações ligadas à reforma da Previdência em meio à ausência de notícias concretas que deem direção à moeda.

A economia brasileira cresceu em 2018, avançando 1,1 por cento ante 2017, mas desacelerou no 4º trimestre.

Nos Estados Unidos, a economia desacelerou menos que o esperado no 4º trimestre em meio a gastos sólidos de consumidores e empresas.

O governo do presidente Jair Bolsonaro ainda admite mudanças pelo Congresso à reforma da Previdência, mas afirma que qualquer alteração tem de preservar a economia de 1 trilhão de reais em 10 anos com a medida --ponto que lideranças governistas garantem não estar aberto a negociação.

Agentes do mercado reconhecem que será difícil preservar a economia de 1 trilhão de reais.

"É uma reforma importante e acho que todos os grandes políticos vão querer ter uma marca ali dentro, até porque isso é bom para angariar votos nas próximas eleições. Isso vai fazer com que tenha bastante mudança. Acredito que até por isso a equipe econômica veio com essa reforma tão severa e robusta, prevendo essas mudanças", afirmou a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte.

Algumas bancadas já sinalizaram ao governo que o texto não avançará sem que o Palácio do Planalto conceda mudanças a pontos de sua proposta, como as mudanças das regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria rural, o que pode impactar a economia almejada.

No que diz respeito à reforma, participantes do mercado observam cautelosos dois pontos principais: a velocidade da aprovação e a desidratação do texto.

"A expectativa mais rigorosa sugere definição da matéria somente no segundo semestre e neste momento não se tem ideia concreta que quanto poderá ser a diluição e desidratação da propositura, o que mantém o cenário prospectivo conceitualmente binário", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, em nota.

Participantes do mercado também observam o encerramento da cúpula entre EUA e Coreia do Norte, que terminou no Vietnã sem nenhum acordo entre as partes em razão de exigências consideradas inaceitáveis por Washington do norte-coreano Kim Jong-un sobre sanções, disse o presidente dos EUA, Donald Trump.

O desfecho abrupto entre Kim e Trump colabora para um mau humor dos mercados no exterior, ponderou Fernanda Consorte.

Na quarta-feira, o Banco Central anunciou que pretende rolar integralmente os 12,321 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, que vencem em abril. Na sexta-feira fará o primeiro leilão, de até 14,50 mil contratos.

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