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Dólar avança 2,2% com queda do petróleo e Fed

Investidores se protegem do risco de o Federal Reserve surpreender na reunião de política monetária da próxima semana e elevar a taxa de juros do país


	Dólar: investidores se protegem do risco de o Federal Reserve surpreender na reunião de política monetária da próxima semana e elevar a taxa de juros do país
 (Adam Gault/Thinkstock)

Dólar: investidores se protegem do risco de o Federal Reserve surpreender na reunião de política monetária da próxima semana e elevar a taxa de juros do país (Adam Gault/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 15h49.

São Paulo - O dólar subia mais de 2 por cento nesta tarde, afetado pela aversão a risco no exterior, com o mercado pressionado pela desvalorização do petróleo, além da busca de proteção pelos investidores antes do próximo encontro do Federal Reserve.

Somando-se aos motivos de cautela, operadores monitoravam ainda as notícias sobre a saúde da presidenciável norte-americana Hillary Clinton e os desdobramentos da cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

Às 15:37, o dólar avançava 2,23 por cento, a 3,3213 reais na venda. Na mínima da sessão, o dólar marcou 3,2450 reais e, na máxima, 3,3338 reais. O dólar futuro avançava 2,30 por cento nesta tarde.

O risco-país medido pelo CDS de 5 anos chegou a superar 269 pontos no pior momento do dia, de 254 no fechamento de ontem, segundo operadores.

"Essa alta pressionou o câmbio, da mesma forma que o risco de uma delação ou a divulgação, por Cunha, de dados contra o governo", comentou o operador de uma corretora nacional.

Os investidores também se protegem do risco de o Federal Reserve surpreender na reunião de política monetária da próxima semana e elevar a taxa de juros do país.

"A possibilidade de isso acontecer é baixa, mas o mercado opera expectativa e risco, de modo que termos surpresa do Fed ajuda em uma realização de lucros, sem mudança de conjuntura", argumentou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

A doença da candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, também era citada por operadores como justificativa para a aversão ao risco.

"A doença fez reduzir as apostas de uma eleição dela e crescer as chances de Donald Trump (republicano) e o mercado está atento", completou o profissional.

Pela manhã, os mercados já trabalhavam estressados por causa de um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) com previsões pessimistas sobre o crescimento da demanda por petróleo e que derrubou os preços do barril.

"Mercado já abriu estressado com commodities e petróleo", lembrou o economista da corretora Nova Futura, Pedro Paulo Silveira.

O anúncio do plano de privatizações pelo governo no final da manhã era aguardado, mas não chegou a influenciar as cotações.

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