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Dólar abre estável dividido entre exterior e realização de lucros

Às 10:14, a moeda americana operava estável, a 3,2216 reais na venda, após ter fechado o pregão anterior com alta de 1,45 por cento

Dólar: mercados estão de olho na posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump (Arquivo/Agência Brasil)

Dólar: mercados estão de olho na posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump (Arquivo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 10h41.

São Paulo - O dólar operava estável ante o real nesta segunda-feira, monitorando o comportamento da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior em dia de feriado nos Estados Unidos, que limitará a liquidez nos mercados, e com algum movimento de realização de lucros.

Às 10:14, o dólar operava estável, a 3,2216 reais na venda, após ter fechado o pregão anterior com alta de 1,45 por cento, maior em quase um mês e meio. O dólar futuro tinha leve baixa de cerca de 0,10 por cento.

"Sem a referência dos Estados Unidos e com a agenda esvaziada, o mercado monitora o exterior, sobretudo à espera pela May", disse o analista de câmbio da corretora Gradual Investimentos, Marcos Jamelli, referindo-se ao discurso da primeira-ministra britânica, Theresa May, na terça-feira.

Reportagens no final de semana na Europa informaram que ela sinalizaria um cenário de saída "dura" do Reino Unido da União Europeia, mas a porta-voz da premiê afirmou se tratarem de "especulações.

Os investidores estão preocupados que uma ruptura decisiva da UE afete as exportações britânicas e expulse investimento estrangeiro do país.

A libra chegou nesta sessão ao nível mais baixo desde outubro passado ante o dólar diante de temores com o Brexit "duro".

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e ante divisas como os pesos mexicano e chileno e o rand sul-africano.

Os mercados também estavam de olho na posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na próxima sexta-feira. Ainda há temores de que sua política econômica possa ser inflacionária, o que pressionaria o Federal Reserve, banco central norte-americano, a aumentar ainda mais os juros e atrair à maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.

Internamente, por conta do feriado norte-americano, o volume de negociações ficará reduzido, o que pode amplificar o vaivém do dólar frente ao real. "Os compradores estão vendendo um pouco e embolsando os lucros", acrescentou Jamelli.

Na máxima do dia, o dólar foi a 3,2335 reais e, na mínima, a 3,2196 reais.

A expectativa por ingresso de fluxo financeiro no futuro também continuava. "Muitas empresas já captaram e outras devem aproveitar a janela e isso contém a aceleração do dólar", avaliou o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.

O Banco Central continuava fora do mercado de câmbio, pelo menor por enquanto. A última vez que atuou foi em 13 de dezembro.

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