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Dólar fecha em queda após Paulo Guedes afirmar que fica no governo

Mercado reverte movimento da véspera, quando rumores de sua saída tiveram impactos negativos

Dólar havia fechado em maior patamar desde maio (Adam Gault/Getty Images)

Dólar havia fechado em maior patamar desde maio (Adam Gault/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 18 de agosto de 2020 às 17h00.

Última atualização em 18 de agosto de 2020 às 17h19.

O dólar fechou em queda nesta terça-feira, 18, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, negar os rumores sobre sua saída e afirmar que ficará no governo. O dólar comercial caiu 0,5% e encerrou sendo vendido a 5,4685 reais. Com menor liquidez, o dólar turismo recuou 0,7% para 5,77 reais. Na véspera, quando o mercado financeiro especulou sua possível saída por desentendimentos entre o economista e a ala “fura-teto” do Planalto, o dólar encerrou no maior patamar desde maio.

A confirmação de que Guedes continuará como chefe da pasta veio depois da reunião com o presidente Jair Bolsonaro, que afirmou ter “zero possibilidade de furar o teto de gastos.” Segundo Bolsonaro, Guedes é “aliado de primeira hora”. “Entramos no governo juntos e vamos sair juntos”, afirmou o presidente.

“A reunião havia criado uma expectativa muito ruim, até porque não se marca reunião com alguém sem ter aquele mal-estar. Mas com as declarações ficou evidente que o Guedes vai ficar, então o mercado está devolvendo parte do movimento de ontem”, comentou Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos.

Apesar da manutenção de Guedes no cargo, ainda há resquícios de desconfiança no mercado, tendo em vista as últimas contradições do presidente Jair Bolsonaro. “A certeza é que agora o Guedes não vai sair, mas não dá para saber se ele vai conseguir as coisas. Houve um esvaziamento na pasta. Resta saber se ele vai continuar firme e forte como aliado ou se não vai aguentar”, disse Nagem.

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