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Dólar tem alívio e fecha abaixo de R$4,20 na véspera de decisão do Fed

O dólar à vista fechou em queda de 0,37%, a 4,1944 reais na venda

Dólar: na segunda-feira, a aversão a risco gerada pela doença impulsionou o dólar a uma máxima em quase dois meses, de 4,2101 reais (JamieB/Getty Images)

Dólar: na segunda-feira, a aversão a risco gerada pela doença impulsionou o dólar a uma máxima em quase dois meses, de 4,2101 reais (JamieB/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 09h25.

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 18h11.

São Paulo — O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, refletindo certa trégua nos mercados financeiros globais depois da forte aversão a risco da véspera ditada pela escalada de temores relacionados ao coronavírus chinês.

A percepção é que autoridades estão empenhadas em conter a propagação do vírus, que já infectou mais de 4.500 pessoas e matou 106.

O dólar à vista fechou em queda de 0,37%, a 4,1944 reais na venda, depois de na véspera chegar a superar 4,23 reais, nas máximas em quase dois meses.

Na B3, o dólar futuro de maior liquidez recuava 0,38%, a 4,1945 reais.

O dólar caía ante várias divisas emergentes, enquanto o Ibovespa subia quase 2% e as bolsas de Nova York avançavam entre 0,8% e 1,5%.

Analistas dizem que o noticiário sobre o coronavírus começa a dividir atenções com outros temas. "Os mercados repercutem os balanços corporativos e aguardam a decisão da política monetária pelo Fed, que será anunciará amanhã", disse em nota a Elite Investimentos.

O Fed, o banco central dos Estados Unidos, anuncia na quarta-feira sua decisão de juros. A expectativa é de manutenção das taxas nos atuais patamares. Juros mais baixos nos EUA estimulam investidores a levar recursos para outros mercados, como emergentes, caso do Brasil --o que poderia ajudar a melhorar o fluxo cambial e valorizar a moeda doméstica.

Mais cedo, o mercado monitorou mais declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a desvalorização do real --que pode registrar o pior começo de um ano em uma década. Campos Neto não demonstrou preocupação com efeito da alta do dólar sobre a inflação e repetiu que a depreciação do real não tem sido acompanhada por aumento de prêmio de risco.

Na leitura do mercado, o presidente do BC indica que não vê urgência em intervir no câmbio nem incômodo na cotação do dólar perto de 4,20 reais.

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