Depois de ser negociado em queda por quase todo o pregão desta terça-feira, 20, o dólar encerrou em leve alta de 0,12%, cotado 5,611 reais. Apesar do otimismo com a possibilidade de haver um acordo sobre o pacote de estímulo americano antes das eleições presidenciais ter tomados as bolsas de valores globais, no mercado de câmbio o clima de cautela preponderou.

Nesta terça, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, afirmou estar "otimista" sobre as negociações, mas voltou atrás sobre o prazo final, que seria hoje. Em entrevista à Bloomberg, Pelosi que afirmou que hoje não seria o dia do acordo, mas o de ter os termos sobre a mesa para que pudessem avançar para a próxima etapa. "A legislação leva muito tempo."  Por outro lado, o líder da maioria do Senado, o republicano Mitch McConnell já se prontificou a aprovar um pacote mais abrangente, caso este seja o acordo entre Pelosi e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

Segundo analistas da Correparti, no mercado de câmbio, a "ansiedade tomou conta dos agentes, na medida em que a tão aguardada reunião entre Pelosi e Mnunchin, não tinha seu início anunciado" No mercado de futuros, onde as negociações encerram uma hora depois do pregão à vista, a moeda americana até chegou a entrar de volta no campo negativo frente ao real, mas logo retomou o movimento de alta, caminhando para fechar com ganhos.

No exterior, o dólar se desvalorizou contra seus pares desenvolvidos, mas passou o dia oscilando entre os terrenos positivo e negativo perante moedas emergentes, como o peso mexicano e a rúpia indiana. 

“Os mercados permanecem razoavelmente céticos - mesmo se um acordo bipartidário for fechado, ainda se espera que enfrente a resistência de muitos legisladores republicanos (que não veem um pacote tão grande de maneira favorável)”, afirmam analistas  de câmbio do banco holandês ING em relatório.

 

 

Além das negociações sobre estímulos, esteve no mercado local a segunda prévia do IGP-M, que reduziu a alta para 2,92% em outubro ante 4,57% do mês anterior.