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Dólar abre em queda, cotado a R$ 2,1250

O ajuste de baixa inicial acompanha a desvalorização da moeda dos Estados Unidos diante de divisas correlacionadas a commodities no exterior

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 10h24.

São Paulo - O dólar no mercado à vista de balcão abriu com leve queda, a R$ 2,1250 (-0,56%). Até 9h54, a moeda norte-americana oscilou de uma mínima a R$ 2,1250 (-0,56%) a uma máxima, a R$ 2,1320 (-0,23%).

O ajuste de baixa inicial acompanha a desvalorização da moeda dos Estados Unidos diante de divisas correlacionadas a commodities no exterior. No entanto, o dólar sobe levemente ante o euro e o iene, recuperando parte das perdas da véspera, no rastro da expectativa de retirada em breve dos estímulos monetários nos EUA.

No mercado futuro, no horário acima, o dólar para julho de 2013 recuava a R$ 2,1375 (-0,16%), após abrir a sessão a R$ 2,1330 (-0,37%). Esse vencimento da moeda norte-americana oscilou de R$ 2,1325 (-0,40%) a R$ 2,1410 (estável).

Apesar do alívio interno na taxa de câmbio, o mercado pode voltar a pressionar o dólar ao longo da sessão, segundo operadores ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Esse movimento pode ser apoiado na recompra de moeda por investidores que venderam na terça-feira, 11, em meio a especulações de que o governo poderia anunciar alguma medida relacionada ao Imposto sobre Operações Financeiras incidente em operações cambiais.

Como essa expectativa não se confirmou, embora a possibilidade continue sendo cogitada no mercado, é possível que os agentes financeiros voltem a tentar pressionar o dólar até o fim do dia, segundo esses profissionais.

Contudo, a possibilidade de novas intervenções do BC e o ambiente externo mais calmo nesta quarta-feira estão impedindo, por enquanto, um ajuste positivo da moeda norte-americana, ponderou um operador de tesouraria de um banco.

Na terça-feira, 11, o dólar fechou em baixa de 0,51% ante o real no balcão, cotado a R$ 2,1370. A moeda americana, que chegou a ser negociada a R$ 2,1670 pela manhã, acabou recuando em relação ao real após duas intervenções do Banco Central (BC) e em meio à expectativa de que o governo fosse anunciar novas medidas cambiais. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff, mas eles não definiram nenhuma nova medida cambial.


No exterior, nesta quarta-feira, 12, o dólar exibe leves ganhos ante o euro e o iene, mas recua diante de moedas correlacionadas a commodities. O movimento ante o iene representa um ajuste, porque na terça-feira, 11, o dólar teve a maior queda ante a moeda japonesa em um dia em mais de três anos.

O dólar chegou a cair mais de 3% ante o iene, para a mínima intradia de 96,56. Por trás dessa forte correção está o temor dos investidores de que o Japão pode não ser capaz de cumprir suas promessas de reformas monetárias agressivas provocando uma onda de venda generalizada.

Apesar da aparente melhora de humor externo, persiste a preocupação dos investidores com o comprometimento do Federal Reserve e do Banco do Japão (BoJ) com estímulos à economia na forma de compras de bônus. Esses temores foram reforçados após o BoJ não introduzir na terça-feira, 11, novas medidas para lidar com a volatilidade do mercado.

O dólar ainda acumula uma alta forte, de cerca de 12% diante do iene desde o começo do ano, mas já recuou bastante em relação às suas máximas de 103 ienes do fim de maio, alcançadas por causa da expectativa de que o Federal Reserve começaria logo a reduzir seu programa de compras de bônus.

Os mercados ensaiam nesta quarta-feira, 12, uma recuperação sustentados pelo dado sobre a produção industrial da zona do euro, que subiu pelo terceiro mês consecutivo em abril.

A agência de estatísticas da União Europeia informou que a produção industrial do bloco cresceu 0,4% ante março e caiu 0,6% em relação a abril de 2012. O resultado foi melhor do que as previsões de estabilidade no mês e queda de 1,2% no ano.

Ainda assim, com a crescente análise de que o Federal Reserve pode começar em breve a retirar os estímulos monetários, o movimento de realocação de ativos tende a continuar, trazendo volatilidade aos mercados.

O movimento mais evidente tem sido a busca por ativos norte-americanos - uma tentativa de tirar proveito da retomada da maior economia do mundo. Nessa realocação de recursos, os mercados emergentes e também a Europa têm sido prejudicados.

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