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Dólar amplia alta, acima dos R$ 4,26, com mercado de olho em atuação do BC

Às 12:03, o dólar avançava 0,57%, a 4,2641 reais na venda

Câmbio: dólar ampliava a alta contra o real nesta quarta-feira (Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)

Câmbio: dólar ampliava a alta contra o real nesta quarta-feira (Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de novembro de 2019 às 09h22.

Última atualização em 27 de novembro de 2019 às 12h26.

São Paulo — O dólar ampliava a alta contra o real nesta quarta-feira, ficando acima dos 4,26 reais, depois de atingir recordes históricos na sessão anterior, com os investidores atentos à atuação do Banco Central diante da disparada recente da moeda norte-americana.

Às 12:03, o dólar avançava 0,57%, a 4,2641 reais na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez registrava alta de 0,67%, a 4,2635 reais.

Na mínima, a cotação chegou a 4,2279 reais na venda, queda de 0,28%.

O dólar fechou o pregão anterior com alta de 0,59%, a 4,2398 reais na venda, um recorde histórico, e chegou a tocar os 4,2785 reais na máxima intradia.

Diante desse salto histórico, o Banco Central promoveu na terça-feira dois leilões extraordinários, e seu presidente, Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia poderia repetir as intervenções cambiais neste pregão em caso de novos gaps de liquidez.

Em evento promovido pelo jornal Correio Braziliense, Campos Neto reforçou que o câmbio é flutuante e o BC age apenas em caso de problemas de liquidez ou para atenuar movimentos que estão fora do padrão normal.

"A decisão do BC de ampliar a oferta de dólares é para aparar os excessos, já que o fluxo de saída de final de ano (juros, dividendos de grandes empresas) é mais acentuado", explica o chefe de renda variável da Vero Investimentos, Fábio Galdino, sobre a decisão da autarquia.

Nesta manhã, o Ibovespa caía 0,18%, depois de na véspera recuar 1,26%, afetado pela valorização do dólar e descolando de Wall Street.

Para Ricardo Gomes da Silva Filho, analista de câmbio da Correparti Corretora, há expectativa de atuação extraordinária do Banco Central neste pregão, em dia que deverá continuar marcado por volatilidade.

"Provavelmente, o mercado testará os níveis recordes que foram batidos ontem, perto dos 4,26 reais. Acredita-se que o Banco Central atuará novamente, e, a partir do momento em que atuar, a tendência do dólar é arrefecer", disse.

O Banco Central vendeu nesta quarta-feira 3 mil contratos de swap cambial reverso e até 150 milhões de dólares em moeda à vista, de oferta de até 15.700 e 785 milhões, respectivamente. Adicionalmente, a autarquia vendeu 12.700 contratos de swap cambial tradicional em rolagem do vencimento janeiro 2020.

No cenário externo, foram divulgados nesta quarta-feira dados sobre o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, que cresceu a uma taxa anualizada de 2,1% no terceiro trimestre. Cristiane Quartaroli, economista do banco Ourinvest, explicou que a leitura foi melhor do que a expectativa, sinalizando recuperação da economia norte-americana.

Tal cenário corrobora a força do dólar no mundo e que, contra o real, é endossada por fatores locais.

Moedas emergentes pares do real, como o peso mexicano e a lira turca, operavam em baixa contra o dólar, numa sessão de forma geral positiva para a moeda norte-americana no mundo.

O índice do dólar contra uma cesta de moedas tinha alta de 0,17%.

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