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Dólar ganha força, supera R$4,20 e bate máximas desde dezembro

Às 16h04, o dólar à vista subia 0,34%, a 4,1994 reais na venda

Dólar e Real: na véspera, o dólar interbancário fechou em alta de 1,30%, a 4,185 reais na venda (Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)

Dólar e Real: na véspera, o dólar interbancário fechou em alta de 1,30%, a 4,185 reais na venda (Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 09h19.

Última atualização em 16 de janeiro de 2020 às 16h31.

São Paulo — O dólar reverteu a queda de mais cedo e passava a subir ante o real nesta quinta-feira, chegando a superar 4,2000 reais na venda pela primeira vez desde o começo de dezembro, conforme operadores buscam a segurança da moeda norte-americana diante de sinais ainda mistos sobre a economia em meio a uma posição técnica ainda desfavorável para o real.

Por volta de 16h04, o dólar à vista subia 0,34%, a 4,1994 reais na venda. Na máxima, foi a 4,2020 reais na venda (pico intradia desde 5 de dezembro do ano passado), depois de mais cedo cair a 4,1604 reais na venda (-0,59%).

"O real está tendo uma piora significativa em relação aos pares, indo para o pior momento em muito tempo. Como posição em pré (prefixado) é mais difícil de zerar, as pessoas acabam comprando dólar", disse Renato Botto, gestor sênior na Absolute Investimentos.

O dólar sobe 4,6% ante o real neste ano, o que coloca a divisa brasileira na lanterna entre 33 rivais neste ano.

Analistas têm repetido que a taxa de câmbio tem sido pressionada neste começo de ano por sinais em série de perda de vigor da atividade econômica. O IBC-Br de novembro, divulgado mais cedo, até veio melhor que o esperado, mas o dado de outubro foi revisado para baixo, o que frustrou parte da leitura positiva do indicador.

Quanto menos ímpeto para a atividade, menos chance de retorno de fluxos de investimento estrangeiro, o que pega o país num quadro de carência de fluxo cambial. No ano passado, mais de 44 bilhões de dólares abandonaram o país, considerando o movimento de câmbio contratado, pior desempenho anual da história.

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