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Dólar opera em queda após altas recentes e de olho em dados chineses

Às 9:07, o dólar recuava 0,32%, a 4,1778 reais na venda

Dólar: moeda americana abre em queda nesta sexta (17) (halduns/Getty Images)

Dólar: moeda americana abre em queda nesta sexta (17) (halduns/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 09h16.

Última atualização em 17 de janeiro de 2020 às 10h28.

São Paulo — Depois de duas altas consecutivas, o dólar era negociado em leve baixa contra o real nesta sexta-feira, com os investidores esperançosos após dados chineses sugerirem uma recuperação na segunda maior economia do mundo.

No entanto, a divisa continuava em patamar próximo dos 4,20 reais, em meio a um cenário de carência de fluxos e de falta de atuação do Banco Central.

Às 10:21, o dólar recuava 0,21%, a 4,1824 reais na venda, sofrendo ajuste após subir 0,15% na sessão anterior, a 4,1912 reais na venda, nível mais alto para um encerramento desde 4 de dezembro.

A notícia de que a China terminou 2019 um pouco mais firme, com a produção industrial, investimento e vendas no varejo subindo mais do que o esperado em dezembro, também colaborava para a queda desta sessão, gerando esperanças sobre uma recuperação econômica no maior parceiro comercial do Brasil.

Ainda assim, o crescimento econômico da China no ano desacelerou para o nível mais fraco em quase 30 anos, a 6,1%.

"O resultado veio em linha com as expectativas, ainda que este tenha sido o crescimento mais lento em quase três décadas. Considerando que o resultado é pré-acordo com os EUA, o pior parece ter ficado para trás", disse em nota a XP Investimentos.

No entanto, apesar da queda deste pregão, o dólar segue próximo de patamares muito altos, perto dos 4,20 reais. Segundo Cleber Alessie Machado, operador da Commcor DTVM, "o mercado ainda carece de fluxo que possa contrabalancear essa realidade do dólar".

"Olhando estruturalmente, estamos numa conjuntura em que o dinheiro de fora deixa a desejar e em que, após vários meses com o Banco Central trocando swaps por spot, não há atuação do BC", disse ele.

A última atuação do BC no mercado cambial via leilões ocorreu em 20 de dezembro passado, quando a autoridade monetária vendeu 465 milhões em dólar à vista e, ao mesmo tempo, negociou 9.300 contratos de swap cambial reverso --como parte da estratégia de trocar posição cambial do mercado de derivativos para dólar spot.

Machado completou dizendo que a ação da autoridade monetária vai depender da visão que o Banco Central tem do mercado de câmbio, só atuando em caso de comportamentos anormais. "O BC só vai atuar para manter a funcionalidade do mercado", afirmou.

Nesta sexta-feira, o principal contrato de dólar futuro operava em queda de 0,12%, a 4,184 reais.

O índice que mede a moeda norte-americana contra uma cesta de moedas ganhava 0,15%.

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