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Dólar opera em leve queda de olho nas tarifas de Trump e inflação brasileira

Trump anunciou na madrugada desta terça as tarifas de 25% às importações de aço e alumínio; por aqui, o IPCA fechou janeiro com alta de 0,16%

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 09h24.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2025 às 11h53.

Às 11h45 o dólar era cotado a R$ 5,77. A moeda iniciou a terça-feira, cotada R$ 5,80. Na mínima do dia, às 11h30, chegou a R$ 5,76. A moeda americana chegou a ensaiar uma alta na manhã de ontem, mas voltou a cair durante a tarde. Com o desempenho de segunda-feira, a divisa acumula queda de 6,36% em 2025.

No domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que anunciaria tarifas de 25% às importações de aço e alumínio. Na madrugada desta terça-feira, 11, a Casa Branca divulgou as ordens executivas assinadas pelo republicano que preveem a adoção das tarifas. Segundo as ordens assinadas, a medida passa a valer em 12 de março.

A medida inclui produtos vindos do Canadá e México, que representam cerca de 40% das importações americanas de aço. A ação se soma às tarifas de 10% aplicadas à China, que já havia retaliado com suas próprias taxas sobre produtos americanos.

Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor do metal para os EUA, atrás apenas do Canadá. No acumulado do ano, o país vendeu 4,08 milhões de toneladas, representando 15,5% de tudo que os Estados Unidos compraram de fora. Segundo o governo americano, o montante equivaleu a US$ 2,99 bilhões.

Por aqui, o mercado segue de olho no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que é o indicador oficial da inflação no Brasil. O índice fechou o mês de janeiro com alta de 0,16%, desaceleração de 0,36 ponto percentual em comparação ao índice de 0,52% registrado em dezembro. Essa é a menor taxa para janeiro desde 1994.

Qual a diferença do dólar comercial para o dólar turismo?

O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.

Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.

Por que o dólar turismo é mais caro?

A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.

Por que o dólar cai?

Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.

O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.

Quais os impactos da queda do dólar?

A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:

  • Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
  • Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
  • Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.
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