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Dólar abre em alta pressionado por juros após Focus

Às 9h35, a moeda no balcão testou uma máxima de R$ 2,150 (+0,28%)


	No mercado futuro, às 9h39, o dólar para julho de 2013 recuava a R$ 2,1555 (-0,07%), após começar a sessão a R$ 2,1530 (-0,19%)
 (Arif Ali/AFP)

No mercado futuro, às 9h39, o dólar para julho de 2013 recuava a R$ 2,1555 (-0,07%), após começar a sessão a R$ 2,1530 (-0,19%) (Arif Ali/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2013 às 10h27.

São Paulo - O dólar no mercado à vista de balcão abriu nesta segunda-feira, 17, em leve alta, a R$ 2,1450 (+0,05%) - mínima até o momento. Às 9h35, a moeda no balcão testou uma máxima de R$ 2,150 (+0,28%).

No mercado futuro, às 9h39, o dólar para julho de 2013 recuava a R$ 2,1555 (-0,07%), após começar a sessão a R$ 2,1530 (-0,19%). Até esse horário, esse vencimento da moeda norte-americana oscilou de R$ 2,150 (-0,32%) a R$ 2,1570 (estável).

Apesar do recuo das cotações futuras do dólar, a moeda à vista no mercado interbancário de balcão sobe, influenciada pela alta dos juros futuros de curto prazo.

As taxas futuras na BM&FBovespa avançam sob a influência da revisão para cima das projeções na Focus para o IPCA em 2013. Na Pesquisa Focus do BC, a projeção de inflação para 2013 subiu, de 5,80% para 5,83%.

A projeção de inflação para os próximos 12 meses subiu de 5,65% para 5,69%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,64%. Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo subiu de 6,02% para 6,11%.

Ainda assim, o ajuste de alta da moeda norte-americana ante o real é relativamente contido, uma vez que o mercado sabe que o Banco Central está em alerta para impedir qualquer movimento abrupto do câmbio.

Na sexta-feira, 14, o BC avisou que não há limite para o aumento de juros e que, se for necessário, a autoridade poderá vender dólar à vista ou dar linha de crédito em dólares ao mercado. O objetivo é o de conter de todas as maneiras possíveis o avanço dos índices de preços no País.


A previsão nas mesas de câmbio é de que a cautela deve predominar até quarta-feira, 19, quando haverá a reunião de política monetária do Federal Reserve. As dúvidas se as compras de bônus pelo Fed começarão a ser reduzidas já ou apenas em setembro deixam os investidores em âmbito global na defensiva.

Em Nova York, às 9h43, o euro subia levemente a US$ 1,3344, de US$ 1,3314 no fim da tarde de sexta-feira, puxado pelo superávit comercial da zona do euro de 14,9 bilhões de euros em abril.

O dólar avançava ligeiramente a 94,78 ienes, de 94,10 ienes na sexta-feira, 14. Em relação a moedas ligadas a commodities, o dólar norte-americano caía ante o dólar australiano (-0,34%), o dólar canadense (-0,09%), o peso chileno (-0,33%), o peso mexicano (-0,24%) e o dólar neozelandês (-0,19%).

Vale lembrar que, na última sexta-feira, já sem a cobrança do IOF em derivativos cambiais, o dólar fechou em alta no mercado à vista de balcão.

O avanço da moeda americana ante outras divisas com elevada correlação com commodities contribuiu para o movimento, assim como os ganhos consistentes do dólar no mercado futuro desde o início do dia. O avanço no balcão, porém, foi contido, com os investidores à espera dos desdobramentos do cenário norte-americano, nesta semana.

O dólar à vista subiu 0,09% no balcão e fechou cotado a R$ 2,1440 na sexta-feira. No mercado futuro, o dólar para julho fechou cotado a R$ 2,1570, em alta de 1,43%.

Neste caso, a moeda acelerou um pouco os ganhos na reta final em meio aos sinais do BC de que pode reforçar os leilões no mercado de câmbio. Desde 31 de maio até o 11 de junho, o BC fez seis leilões de swap cambial atrelados à Selic (equivalentes à venda de dólar no mercado futuro), dos quais quatro apenas nos dias 10 e 11 de junho. A venda total de swap cambial até agora somou cerca de US$ 6,6 bilhões.

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