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Dólar abre em alta em meio a cenário tenso no exterior

Moeda comercial abriu cotada a R$ 1,893, no balcão

O cenário externo é tenso hoje e continua ditando os fundamentos para os negócios com câmbio (Joe Raedle/Getty Images)

O cenário externo é tenso hoje e continua ditando os fundamentos para os negócios com câmbio (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 11h32.

São Paulo - O dólar comercial abriu com alta de 0,16%, a R$ 1,893, no balcão. O cenário externo é tenso hoje e continua ditando os fundamentos para os negócios com câmbio. No entanto, o mercado tem motivos, mais uma vez, para olhar para dentro na hora de definir operações e cotações. Isso porque o Banco Central voltou a atuar em carga máxima, ontem, depois que o dólar deu sinais de que iria sustentar-se acima de R$ 1,90. O Banco Central ofereceu até 106.975 contratos de swap cambial (cerca de US$ 5,3 bilhões) em leilão realizado das 15h45 às 16 horas e conseguiu roubar parte da força das cotações.

Na operação de ontem, o mercado absorveu somente 34.150 contratos, o equivalente a US$ 1,695 bilhão, e o dólar encerrou o pregão a R$ 1,890. O BC não ficou satisfeito e, após o fechamento dos mercados, anunciou uma nova intervenção, que acontece hoje entre as 11h15 e as 11h30. Serão oferecidos até 90.525 contratos (cerca de US$ 4,5 bilhões) com quatro diferentes vencimentos em operação que terá montante financeiro de cerca de US$ 4,5 bilhões.

Se a intenção do BC é mostrar que tem munição e evitar que a crise externa resulte num ataque contra o real, escolheu um bom momento para tentar. Lá fora, cresce uma nova onda de descrédito em relação à solução para os problemas das dívidas soberanas europeias.

O pessimismo foi detonado pelo adiamento na liberação da próxima parcela do empréstimo à Grécia e o cancelamento da reunião de ministros europeus, que estava prevista para o dia 13 de outubro. Isso atinge em cheio as bolsas, com destaque negativo para o setor financeiro. Simultaneamente, o Goldman Sachs rebaixou as previsões para o PIB global, o euro e as commodities, engrossando o mau humor.

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