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Dólar tem leve alta, entre petróleo, Fed e indicadores

Dólar opera em alta, se ajustando ao movimento dos preços do petróleo, que caem após o entusiasmo inicial sobre o acordo da Opep


	Dólar: moeda acompanha movimento no exterior, de olho nos preços do petróleo, mas com alta balanceada pela atuação do BC
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Dólar: moeda acompanha movimento no exterior, de olho nos preços do petróleo, mas com alta balanceada pela atuação do BC (.)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 11h27.

São Paulo - O dólar registrava pequena alta ante o real nesta quinta-feira, influenciado pela valorização da moeda no exterior em dia de recuo dos preços do petróleo e pelos números melhores do que o previsto da economia norte-americana, mas contrabalançado pelo anúncio de leilão de linha pelo Banco Central.

Às 10:39, o dólar avançava 0,19 por cento, a 3,2280 reais na venda. O dólar futuro subia 0,37 por cento. A realização de leilão de linha na sexta-feira pelo BC com dinheiro novo --o que eleva a oferta de moeda-- continha o avanço da moeda norte-americana, com o mercado digerindo o anúncio.

O BC anunciou na noite de quarta-feira a realização do leilão com venda de até 4 bilhões de dólares, com o primeiro acolhimento das propostas de 15h15 às 15h20 e o segundo, de 15h30 às 15h35.

O primeiro leilão terá data de recompra em 3 de janeiro de 2017 e o segundo, em 2 de fevereiro de 2017.

"O BC fez leilão de linha em todos os meses deste ano, trata-se de uma ferramenta de controle de liquidez que ele usa para evitar distorções no mercado. Acho que ele anunciou ontem para tirar a volatilidade, dado que hoje a agenda está recheada", comentou o operador corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

"Mas ainda está nebulosa a razão sobre a oferta de 1,6 bilhão de dólares em dinheiro novo, já que os 2,4 bilhões restantes são para rolagem de contratos", disse.

As sessões desta quinta e sexta-feiras serão marcadas ainda pelas movimentações em torno da formação da Ptax de final de mês, que é a taxa de câmbio usada para liquidação dos derivativos cambiais, o que adiciona volatilidade ao câmbio.

"A pressão de Ptax não tende a ser para cima sempre. Mas sempre gera muita movimentação e o leilão de linha pode ser para evitar o excesso de especulação no mercado", disse Alessie Machado.

Pouco depois da abertura da sessão no Brasil, os Estados Unidos divulgaram os números do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e os pedidos semanais de auxílio-desemprego, ambos melhores do que as expectativas, o que reforça as apostas de aumento de juros nos EUA em dezembro.

Na noite de quinta-feira, a presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, disse que o banco central dos Estados Unidos corre o risco de ficar atrás da curva se demorar para elevar os juros, dada a evolução da economia norte-americana. Ela vota nas reuniões do Fomc deste ano.

O PIB dos EUA subiu 1,4 por cento no segundo trimestre, ligeiramente acima do 1,3 por cento estimado em pesquisa Reuters e ante crescimento de 1,1 por cento divulgado no mês passado.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 3 mil, para 254 mil em números ajustados sazonalmente na semana encerrada em 24 de setembro. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o relatório mostrasse 260 mil novos pedidos.

Nesta manhã, as apostas de que haveria um corte de juros no encontro do Fed em dezembro estavam em 57,6 por cento, de 54,3 por cento na quarta-feira.

Para novembro, eram minoritárias, de 17,1 por cento, mesmo porcentual da véspera. O Banco Central vendeu toda a oferta de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de dólares-- em leilão nesta manhã.

*Atualizada às 11h26

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