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Dólar à vista encerra a R$ 3,29, maior preço desde 2003

O dólar à vista terminou a sessão de hoje em alta de 2,49%, negociado a R$ 3,2950, o maior preço desde 1º de abril de 2003


	Dólar: apenas no mês de março a moeda acumula valorização de 15,37%
 (Getty Images)

Dólar: apenas no mês de março a moeda acumula valorização de 15,37% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 17h19.

São Paulo - O dólar ultrapassou o patamar dos R$ 3,30 na sessão desta quinta-feira, 19, influenciado pelo forte viés de alta para a moeda norte-americana no exterior.

Internamente, a demanda pela divisa foi estimulada principalmente pela cautela em meio às tensões políticas entre governo e base aliada e também diante das incertezas sobre a continuidade do programa de swap cambial.

O dólar à vista terminou a sessão desta quinta-feira em alta de 2,49%, negociado a R$ 3,2950, o maior preço desde 1º de abril de 2003 (R$ 3,3130).

Na mínima, ficou em R$ 3,2360 (+0,65%) enquanto, na máxima, marcou R$ 3,3060 (+2,83%).

Apenas no mês de março a moeda acumula valorização de 15,37% e, em 2015, sobe 24,11%.

No mercado futuro, às 16h37, o dólar para abril tinha valorização de 2,56%, a R$ 3,3070. O volume no mercado à vista era de aproximadamente US$ 1,002 bilhão perto das 16h35, sendo US$ 934 milhões em D+2.

No fim da manhã, o movimento de alta do dólar foi intensificado durante um discurso da Dilma Rousseff, em evento no Planalto.

"O mercado reage à Dilma agora da mesma forma que parte da população se manifesta, com panelaço, quando ela começa a falar", comparou o operador Ovídio Pinho Soares, da corretora Icap do Brasil.

"O pessoal está com a mania de começar a comprar toda vez que a Dilma abre a boca. E não importa muito o que ela diz", acrescentou outro profissional, que prefere não se identificar.

Apesar dessa reação do mercado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante reunião com representantes da Associação Nacional de Jornais (ANJ), evitou vincular a crise política e econômica do País à disparada do dólar hoje, na esteira da demissão do ex-ministro da Educação Cid Gomes, ontem.

O diretor de Fiscalização e Regulação do Banco Central, Anthero Meirelles, também preferiu não falar quando foi questionado sobre o programa de swap cambial. Ele disse apenas que o programa tem cumprido seu objetivo.

O programa de ração diária de US$ 100 milhões está previsto para ocorrer até, pelo menos, o fim deste mês. Lançado em agosto de 2013, já foi estendido e ajustado até os dias de hoje.

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