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Disparada da Santos Brasil ignora ameaça da competição

O possível aumento da concorrência no setor de portos não está atrapalhando o desempenho em bolsa da Santos Brasil


	Santos Brasil: a empresa acumula ganho de 5,2 por cento desde que o governo anunciou a intenção de privatizar até 95 terminais
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Santos Brasil: a empresa acumula ganho de 5,2 por cento desde que o governo anunciou a intenção de privatizar até 95 terminais (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 09h11.

São Paulo - O possível aumento da concorrência no setor de portos não está atrapalhando o desempenho em bolsa da Santos Brasil Participações SA, maior operador do País, cuja margem de lucro é o dobro da média global.

A empresa acumula ganho de 5,2 por cento desde que o governo anunciou a intenção de privatizar até 95 terminais, em 6 de dezembro.

No período, o Ibovespa registrou queda de 0,1 por cento e a Wilson Sons Ltd., única concorrente da Santos Brasil que também tem capital aberto, caiu 0,7 por cento.

A Santos Brasil caiu 0,3 por cento ontem, para R$ 31, enquanto os trabalhadores portuários se preparam para uma greve de meio dia para protestar contra a privatização dos terminais.

A Santos Brasil, que diz administrar 20 por cento de todos os contêineres que entram e saem do País, terá vantagem sobre as rivais diante do empenho inédito da presidente Dilma Rousseff para abrir a indústria portuária a investidores privados, de acordo com Henrique Kleine, analista da Magliano SA Corretora de Câmbio & Valores Mobiliários.

O governo espera R$ 54,2 bilhões em investimentos nos portos até 2017.

“Até a concorrência conseguir a mesma escala, a mesma tecnologia, o mesmo espaço, isso vai demorar”, disse Kleine, que tem recomendação equivalente à compra para a ação. “Até isso acontecer, a preferência do mercado é por quem já está trabalhando.”

 

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