Mercados

DIs voltam a cair; Alemanha e balanços dão otimismo

A possibilidade de o Banco Central continuar reduzindo a taxa básica, a Selic, ainda está no foco do mercado doméstico

O mercado ainda deve ficar atento ao encontros do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo, e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

O mercado ainda deve ficar atento ao encontros do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo, e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 14h37.

São Paulo - Um dia após registrarem recorde de negociação, os juros futuros voltam a cair em bloco no mercado doméstico nesta sexta-feira, com as bolsas internacionais operando em alta apoiadas por números sobre a confiança empresarial na Alemanha e de balanços corporativos nos Estados Unidos.

A possibilidade de o Banco Central continuar reduzindo a taxa básica, a Selic, ainda está no foco do mercado doméstico. A curva de juros precifica agora uma queda de 0,50 ponto percentual em maio, mas ainda com algumas apostas em uma queda menor, de 0,25 ponto percentual. Sobre a expectativa dos operadores de que as regras da poupança possam ser mudadas para ajudar a Selic a cair ainda mais, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que cabe ao Ministério da Fazenda cuidar da aplicação.

Na quarta-feira, o Copom reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, para 9 por cento ao ano e, de acordo com analistas, o comunicado do BC não deixou claro se com isso encerrou o ciclo de afrouxamento monetário, iniciado em agosto, deixando a porta aberta para novas reduções. Nesta quinta-feira, o registrou número recorde de negociações de contratos de DI, informou a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa), com 11.397 operações.

Já o dólar seguia em queda ante o real, acompanhando em parte o movimento do dólar no exterior, que enfraqueceu com o cenário melhor. Ante uma cesta de divisas, a moeda chegou a registrar queda de 0,48 por cento.

O mercado também segue na expectativa de o Banco Central voltar a atuar por meio de leilões de compra de dólares no mercado à vista. Na véspera, o BC não atuou depois de cinco dias seguidos fazendo dois leilões de compra de dólares à vista por sessão. No mercado externo, as bolsas europeias fecharam em alta, tendo sua melhor semana em um mês.

Segundo números preliminares, o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, avançou 0,51 por cento, aos 1.044 pontos.


Enquanto isso, as bolsas norte-americanas também operavam com valorização, após resultados melhores que o esperado da Microsoft e da General Electric, apontando para uma temporada de resultados mais positivos até agora.

Mais cedo, o instituto IFO informou que seu índice de confiança do empresariado na Alemanha, feito com cerca de 7 mil empresas, subiu inesperadamente em abril, para 109,9, ante 109,8 em março. Analistas ouvidos pela Reuters previam que o índice recuasse a 109,5.

O mercado ainda deve ficar atento ao encontros do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo, e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, que se estenderão pelo fim de semana e devem discutir o provável aumento de recursos do órgão de financiamento internacional.

Segundo o comissário da União Europeia para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, o G20 vai chegar a um acordo para aumentar os recursos do FMI em 400 bilhões de dólares ou mais, o que seria suficiente para criar uma rede de proteção confiável.

Austrália, Cingapura, Coreia do Sul e Grã-Bretanha já se comprometeram a contribuir. Veja como estavam os principais indicadores dos mercados financeiros às 13h34 desta sexta-feira: CÂMBIO O dólar era cotado a 1,8646 real, em queda de 0,90 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA: O Ibovespa subia 0,57 por cento, para 62.976 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 2,5 bilhões de reais. 

ADRs BRASILEIROS: O índice dos principais ADRs brasileiros subia 1,74 por cento, a 32.160 pontos.

JUROS: O DI janeiro de 2014 estava em 8,860 por cento ao ano, ante 8,900 por cento no ajuste anterior.

EURO: A moeda comum europeia era cotada a 1,3215 dólar, ante 1,3134 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL: 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 132,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,061 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS: O risco Brasil caía 2 pontos, para 179 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 5 pontos, a 328 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA: O índice Dow Jones subia 0,88 por cento, a 13.077 pontos, o S&P 500 tinha alta de 0,67 por cento, a 1.386 pontos, e o Nasdaq ganhava 0,64 por cento, aos 3.026 pontos.

PETRÓLEO: Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto registrava alta de 1,54 dólar, ou 1,51 por cento, a 103,81 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS: O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 1,9788 por cento, frente a 1,968 por cento no fechamento anterior. 

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