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DIs sobem com números da China,da Europa e locais

Ao término da negociação normal na BM&F, o contrato para janeiro de 2013 projetava 10,06%

Entre os vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2017 subia para 11,14% (Raul Júnior/VOCÊ S/A)

Entre os vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2017 subia para 11,14% (Raul Júnior/VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 16h46.

São Paulo - O mercado de juros futuros voltou a acumular prêmios hoje, reagindo aos dados positivos vindos da China, aos resultados favoráveis de leilões de títulos na Europa e aos indicadores da indústria local revelados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ainda assim, nada mudou em relação às apostas dos investidores para a decisão de amanhã do Comitê de Política Monetária (Copom), que, na visão dos agentes, deve cortar a Selic em 0,5 ponto porcentual, para 10,50% ao ano. Para a próxima reunião, porém, o mercado se mostra mais cético em relação a um corte de igual intensidade, mas aguarda o comunicado e a ata da autoridade monetária para decifrar os próximos passos.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o contrato para janeiro de 2013 (340.715 contratos) projetava 10,06%, de 10,02% no ajuste de ontem, enquanto o DI janeiro de 2014 (123.555 contratos) indicava 10,54%, de 10,50%. Entre os vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2017 (15.925 contratos) subia para 11,14%, de 11,11% na véspera, e o DI janeiro de 2021 (2.390 contratos) avançava para 11,37%, de 11,33% no ajuste.

Por aqui, a principal notícia do dia veio da indústria, que dá sinais de melhora. Segundo a CNI, o faturamento real da indústria apresentou crescimento de 2,2% em novembro ante outubro, com ajuste sazonal, sexta alta consecutiva nessa base de comparação. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 81,5%, com ajuste sazonal, ante 81,4% em outubro.

No que diz respeito à inflação corrente, se o IGP-10 de janeiro não trouxe preocupação adicional, também não pode ser comemorado. O indicador, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 0,08% em janeiro, após avançar 0,19% em dezembro de 2011. O resultado ficou dentro das previsões (-0,17% a 0,19%), mas acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de +0,04%.

Lá fora, os mais recentes dados vindos da China mostram que o pouso do gigante asiático não deve ser tão brusco quanto alguns temiam. O PIB do país superou as previsões, com a expansão de 8,9% no quarto trimestre, ante o mesmo período de 2010. Além disso, a produção industrial chinesa teve crescimento de 12,8% em dezembro, também acima das previsões. Já as vendas no varejo cresceram 18,1% em dezembro.

Na Europa, a despeito da preocupação trazida pelo impasse na negociação com credores, a Grécia vendeu 1,625 bilhão de euros em títulos do Tesouro de 13 semanas com yield (retorno ao investidor) de 4,64%, levemente abaixo do que o de 4,68% oferecido no leilão realizado em 20 de dezembro. Espanha, Bélgica e Hungria também realizaram leilões bem-sucedidos.

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