Na ata, o Comitê de Política Monetária informou que o cenário prospectivo para a inflação acumulou sinais favoráveis desde sua última reunião (Álvaro Motta/Veja)
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2011 às 09h39.
São Paulo - As projeções de juros mostravam alta nesta quinta-feira, após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) pela manhã.
Às 10h06, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2013 projetava 10,44 por cento, contra 10,33 por cento no ajuste da véspera. O DI janeiro de 2014 estava em 10,61 por cento, contra 10,53 por cento.
"Não há uma mudança significativa nessa ata... Talvez o pessoal estivesse antecipando uma ata mais 'dovish'. Ela está 'dovish' pelo lado do cenário externo, mas no doméstico não está tão baixista", disse o economista sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano.
"Mas hoje está mais por lá fora. Com as medidas da UE está se reduzindo o cenário adverso lá fora." Segundo ele, o mercado segue projetando um corte de 0,50 ponto percentual da Selic na próxima reunião do Copom e 0,50 ponto no primeiro trimestre, entre janeiro e março. Hoje, a taxa básica de juros do país está em 11,50 por cento ao ano, após queda total de 1 ponto percentual feita pela autoridade monetária desde agosto passado. Na semana passada, o Copom reduziu a Selic em 0,50 ponto.
Na ata, o Copom informou que o cenário prospectivo para a inflação acumulou sinais favoráveis desde sua última reunião, e que no cenário central com que trabalha, a taxa de inflação se posiciona em torno da meta em 2012.
O Copom argumentou também que identifica riscos decrescentes à concretização de um cenário em que a inflação convirja tempestivamente para o valor central da meta.
No exterior, o índice europeu de ações subia 3,5 por cento. Os líderes da zona do euro alcançaram um acordo com bancos e seguradoras privados nesta quinta-feira, para que eles aceitem uma perda de 50 por cento nos bônus que possuem do governo da Grécia.
Eles também concordaram em aumentar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF). Cerca de 250 bilhões serão alavancados entre 4 e 5 vezes, chegando a cerca de 1 trilhão de euros.