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DIs sobem com força após Copom

Os movimentos do mercado eram acentuados nesta sessão também pelo feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos


	Notas de real: dois integrantes do colegiado votaram a favor de aumento de 0,50 ponto na taxa agora
 (Stock.xchng/ Afonso Lima)

Notas de real: dois integrantes do colegiado votaram a favor de aumento de 0,50 ponto na taxa agora (Stock.xchng/ Afonso Lima)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 12h04.

São Paulo - As taxas dos contratos de juros futuros avançavam com força nesta quinta-feira e já precificavam alta de 0,50 ponto percentual na Selic em janeiro, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente, após o Banco Central manter a taxa básica de juros em 14,25 por cento na noite passada, mas em decisão dividida.

Dois integrantes do colegiado votaram a favor de aumento de 0,50 ponto na taxa agora, no primeiro dissenso desde outubro do ano passado. Além disso, o Copom suprimiu trecho do comunicado anterior de que a manutenção dos juros no atual patamar, por período suficientemente prolongado, seria necessária para a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária.

"É consenso, não só entre os dissidentes, que manter os juros em 14,25 por cento por muito tempo não é mais a estratégia recomendada. E os dissidentes já veem que o BC está atrás da curva", disse o estrategista da corretora Icap Juliano Ferreira.

Ele ressaltou que a piora cada vez mais acentuada das expectativas de inflação, que já veem estouro da meta do governo no ano que vem --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo-- dificulta ainda mais a missão do BC e incentiva aumentos da Selic.

"Eles (BC) sabem que sua capacidade de usar as ferramentas para afetar a inflação de 2016 é, considerando o intervalo de tempo em que age a política monetária, está chegando ao fim", escreveram em nota a clientes analistas do banco Brasil Plural.

Nesse contexto, operadores elevavam os rendimentos dos DIs de forma a mostrar novo ciclo de aumento da Selic a partir de janeiro, com alta de 0,5 ponto percentual.

Segundo operadores, a curva mostrava também pelo menos mais duas elevações de 0,50 ponto e perspectivas menores de outra alta de 0,25 ponto em seguida, refletindo também o cenário de incertezas políticas e econômicas no Brasil.

"O cenário está muito dinâmico, o mercado vai ter muito prêmio de qualquer forma", afirmou o operador da corretora Renascença Thiago Castellan Castro. Ele acrescentou que a comunicação do BC na véspera gerou muitas incertezas para o mercado, mas reconhece que seria difícil ser diferente.

Os DIs mais longos registravam altas menores do que os contratos mais curtos, já que a política monetária mais firme no curto prazo pode abrir espaço para menos altas de juros no longo prazo.

O contrato para janeiro de 2021 subia 0,13 ponto percentual, enquanto o vencimento em janeiro de 2017 subia 0,28 ponto.

Os juros futuros já haviam saltado na quarta-feira, após a prisão do líder do governo no Senado, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), alimentar preocupações com a possibilidade de o governo enfrentar mais dificuldades para aprovar medidas de austeridade fiscal no Congresso.

Nesta sessão, movimentos do mercado eram acentuados também pelo feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, que mantinha os mercados norte-americanos fechados e limitava o volume de negócios.

Texto atualizado às 13h04

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