Mercados

DIs sobem ainda sob efeito de medidas de incentivo

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012, com giro de 422.360 contratos, subia a 9,78%, de 9,74% no ajuste

Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)

Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 16h40.

São Paulo - As medidas de incentivo ao consumo e de desoneração anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda reverberam no mercado de juros, trazendo novo acúmulo de prêmios para as taxas futuras. Não obstante, o clima mais ameno no exterior, devido a dados relativamente favoráveis dos EUA e rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) emprestaria recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), também ajudou a amparar o acúmulo de prêmios. E, diante deste quadro, o mercado deu pouca atenção à queda de 0,6% na produção industrial de outubro ante setembro, justamente por se tratar de um período que não faz mais parte da realidade atual.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012, com giro de 422.360 contratos, subia a 9,78%, de 9,74% no ajuste. O DI janeiro de 2014 (243.390 contratos) estava em 10,08%, de 9,99% ontem. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (55.430 contratos) avançava para 10,74%, de 10,70%, enquanto o DI janeiro de 2021 (12.925 contratos) saltava para 10,93%, de 10,88% na véspera.

Hoje, no exterior, os EUA informaram que a taxa de desemprego caiu de 9% para 8,6% em novembro e houve aumento de 120 mil postos de trabalho. Mesmo com o número de vagas criadas um pouco abaixo das estimativas de 125 mil, o dado foi visto com otimismo. Na Europa, duas fontes citadas pela TV Bloomberg no seu site informaram que as autoridades da região estão considerando uma proposta para emprestar até US$ 270 bilhões do Banco Central Europeu (BCE) por meio do Fundo Monetário Internacional para combater a crise da zona do euro. Essa é uma ação que, provavelmente, agradaria ao mercado e contribuiria para melhorar a confiança.


Em paralelo, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que Alemanha e a França estão tomando medidas concretas para estabelecer uma união fiscal com maior supervisão dos orçamentos individuais dos países europeus. O discurso de Merkel foi feito um dia depois de o presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmar que seu país está disposto a ficar ao lado da Alemanha e sacrificar um grau de soberania nacional para que seja possível um melhor alinhamento das políticas econômicas. Ambos farão uma declaração à imprensa após se reunirem em Paris, na próxima segunda-feira. Os dois líderes prepararão uma cúpula da União Europeia na próxima semana, afirmou o porta-voz de Merkel , Steffen Seibert.

Em relação à inflação corrente, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apresentou variação de 0,60% em novembro, exatamente na mediana das expectativas encontrada pelo AE Projeções e apontando aceleração ante o 0,39% de outubro.

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