Fachada do Bovespa: às 9h27, o DI para janeiro de 2015 exibia taxa de 11,23%, ante 11,25% no ajuste de qunta-feira, 20 (Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2014 às 10h33.
São Paulo - O mercado doméstico começa o dia no embalo da aceleração do IPCA-15, que tem leve pressão baixista sobre os juros futuros, e no resultado contrário ao que o mercado esperava da pesquisa Ibope, que deve pesar no mercado de ações.
Assim como o caso Petrobras sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que teve a chancela de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.
Às 9h27, o DI para janeiro de 2015 exibia taxa de 11,23%, ante 11,25% no ajuste de qunta-feira, 20. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 12,74%, ante 12,84% no ajuste de ontem. O DI para julho de 2014 estava em 10,86%, ante 10,85% no ajuste de ontem. Esse movimento de baixa dos DIs é visto como ajuste pontual, já que os prêmios estavam muito elevados, mas as preocupações com a inflação continuam.
O próprio presidente do BC, Alexandre Tombini, deixou bem claro essa percepção, ao admitir esta semana a preocupação com o choque de preços dos alimentos e garantindo que o BC agirá para que essa alta seja temporária.
O IPCA-15 de março mostrou alta de 0,73%, de 0,70% no mês anterior, mas dentro intervalo de estimativas, que iam de 0,64% e 0,85%, e abaixo mediana de 0,76%. Em março do ano passado, a alta do IPCA-15 foi de 0,49%. O Grupo Alimentação e Bebidas, cujo impacto no IPCA-15, foi de 027 ponto porcentual, acelerou de 0,52% para 1,11%.
No exterior, o clima é mais ameno, de agenda fraca e com sinal positivo nas bolsas europeias e nos futuros de Nova York, após os bancos americanos terem ido bem nos testes de estresse do Federal Reserve e a Fitch ter mantido o rating AAA dos Estados Unidos, com perspectiva estável, quando havia temor de rebaixamento.
Todo o cenário, no entanto, continua envolto pelas preocupações em relação à Ucrânia e com a saúde da economia chinesa. As atenções estarão ainda nos discursos de dirigentes do Fed, como Richard Fisher e Narayana Kocherlakota, que votam na reuniões do Fomc neste ano.