Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2011 às 17h40.
São Paulo - O mercado de juro futuro teve um dia sem tendência comum e com alguma volatilidade nesta quinta-feira pós-feriado, reagindo a dados internos, a pouco tempo da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a Selic.
Às 16h20, os contratos DI de janeiro de 2013 <2DIJF3> projetavam 10,45 por cento, contra 10,46 por cento no ajuste da terça-feira.
O DI janeiro de 2014 <2DIJF4> estava em 10,73 por cento, contra 10,70 por cento. O DI janeiro de 2012 <2DIJF2> mostrava 11,185 por cento, comparado a 11,191 por cento.
Os contratos abriram em queda, subiram e depois encerraram sem tendência comum a sessão.
"O mercado está com um comportamento em cima da reunião do Copom. O IBC-Br veio hoje com um dado abaixo do esperado, mostrando que o BC (Banco Central) acertou em cortar o juro, mas também temos a inflação que não está vencida", disse o gerente de renda fixa do Banco Banif, Eduardo Galasini.
"Por isso os (juros) curtos estão tendendo mais para queda e os longos estão estáveis ou subindo", acrescentou ele.
Atividade fraca - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um sinalizador do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,53 por cento em agosto sobre julho, de acordo com dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta quinta-feira.
"Foi a terceira variação dessazonalizada negativa desde maio, algo que não se observava desde o final de 2008... Não se pode descartar a possibilidade de uma pequena retração do PIB brasileiro no terceiro trimestre. Assim, a projeção de uma alta do PIB de 3,5 por cento em 2011 parece otimista", informou a LCA Consultores, que projeta uma expansão da economia brasileira no ano de 3,1 por cento, "mas com viés de baixa".
Em meio à desaceleração global, o BC reduziu a Selic em agosto em 0,50 ponto percentual, para 12 por cento ao ano, tentando blindar a economia brasileira da crise externa. A autoridade monetária vem indicando que mais quedas ocorrerão.
O Copom reúne-se novamente na próxima semana. Pesquisa da Reuters mostrou que das 26 instituições financeiras consultadas, 22 projetam queda de 0,50 ponto percentual na Selic, levando-a a 11,50 por cento; duas estimam corte de 1 ponto agora e duas apostam em 0,75 ponto de redução
Para a última reunião deste ano, em 29 e 30 de novembro, 13 dos 14 economistas que forneceram previsão estimam mais um corte de 0,50 ponto, enquanto 1 projeta 0,75 ponto.