Mercados

DIs caem com preocupações com economia global

Baixo volume pode ter potencializado movimento


	Interior do prédio da Bovespa, a bolsa brasileira: às 16h30, entre os contratos mais líquidos, a taxa para janeiro de 2014 era negociada a 7,380 por cento, ante 7,41 por cento no ajuste anterior
 (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

Interior do prédio da Bovespa, a bolsa brasileira: às 16h30, entre os contratos mais líquidos, a taxa para janeiro de 2014 era negociada a 7,380 por cento, ante 7,41 por cento no ajuste anterior (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 15h47.

São Paulo - Os contratos de juros futuros encerraram em queda nesta sexta-feira, com preocupações sobre a economia global e investidores de olho nas negociações sobre o abismo fiscal nos Estados Unidos.

Operadores alertam, no entanto, que o baixo volume de negócios nesta sexta-feira pode ter potencializado os movimentos. O feriado da Proclamação da República na quinta-feira e outro feriado na terça-feira nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Dia da Consciência Negra)--que manterá o mercado de juros futuros fechado-- estão afetando a liquidez dos DIs.

Com o clima de cautela e baixo volume, mesmo as declarações positivas de líderes republicanos sobre a questão fiscal nos EUA durante a tarde, não conseguiram reverter as quedas dos DIs.

Às 16h30, entre os contratos mais líquidos, a taxa para janeiro de 2014 era negociada a 7,380 por cento, ante 7,41 por cento no ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2015 era negociada em 8,000 por cento, ante 8,05 por cento no fechamento anterior.

Já o contrato para janeiro de 2017 era negociado a 8,770 por cento, ante 8,82 por cento no fechamento anterior.


"O cenário internacional ainda está ruim, houve números negativos ontem e dados ruins nos EUA hoje... Há um conjunto de informações que colaboram para a queda dos DIs, que já subiram nos últimos dias", disse o economista da Tendência Consultoria Silvio Campos Neto.

"As declarações de republicanos ajudaram parcialmente. A economia global ainda está desaquecida", acrescentou ele.

Os cortes de gastos e aumento de impostos automáticos que irão ocorrer no início do ano que vem dos EUA, o chamado abismo fiscal, está no foco dos mercados nos últimos dias, com temores de que o Congresso do país não chegue rapidamente a um acordo para resolver a questão.

Nesta sexta-feira, o presidente Barack Obama esteve reunido com líderes do Congresso e os republicanos saíram do encontro afirmando que estão preparados para concordar com receitas adicionais para evitar o abismo fiscal, desde que haja também reduções nos gastos.

Após as declarações, as bolsas norte-americanas passaram a subir, mas o impacto não foi suficiente para afetar os DIs. Nos EUA, dados mostraram que a produção industrial do país recuou inesperadamente em outubro.

A zona do euro também continua trazendo tensão para os mercados, e na véspera, dados também mostraram que a região entrou em recessão pela segunda vez desde 2009.

No quadro doméstico, os temores gerados pelo impasse no setor elétrico parecem ter reduzido um pouco depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse no final da tarde de quarta-feira que o governo garantirá a planejada redução média de 20 por cento na conta de luz no ano que vem, mesmo que algumas empresas elétricas não façam a renovação antecipada de concessões do setor.

A redução de tarifas de energia deve ajudar a diminuir a inflação no ano que vem, mantendo espaço para que a Selic continue na atual mínima histórica de 7,25 por cento ao longo de 2013. O impasse no setor havia ajudado os DIs a subirem nas últimas sessões. (Edição de Patrícia Duarte)

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