Bovespa (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2014 às 10h00.
São Paulo - O mercado de juros abre o dia com as taxas em queda, depois da decisão do Copom na quarta-feira, 28, que interrompeu o ciclo de alta da Selic, como esperado, mas manteve a porta aberta para mudanças de atitude à frente. Ocorre que, diante do quadro de incertezas, os analistas dividem-se sobre qual seriam esses passos.
Embora a maioria ainda avalie, com base nas expectativas futuras de inflação, que a Selic deverá voltar a subir no médio prazo, está cada vez maior a parcela dos que não descartam o caminho oposto.
Essa grupo avalia que a inflação está alta, mas em desaceleração, e que a atividade, já fraca, mostra sinais de aumento da debilidade.
Além das incertezas domésticas e do movimento de ajuste daqueles investidores que ainda acreditavam em um último aumento de 0,25 ponto porcentual na Selic, os primeiros negócios com juros domésticos são pautados pelo recuo visto nas taxas dos títulos públicos norte-americanos e no dólar, que também opera mostrando perdas generalizadas no exterior.
Internamente, a moeda norte-americana oscila perto da estabilidade e bateu máxima de R$ 2,234 (+0,04%) há instantes.
Operadores e analistas aguardam ansiosamente a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos nos três primeiros meses deste ano.
O dado deve mostrar uma contração maior da atividade no período, em relação à primeira leitura, que mostrou alta de 0,1% da economia norte-americana, afetada pelo inverno rigoroso.
Ainda nos EUA, saem os números semanais dos pedidos de auxílio-desemprego e dados do setor imobiliário.
A agenda doméstica também é pesada e tem potencial para mexer com os negócios. Depois do IGP-M mostrar deflação de 0,13%, maior do que a taxa de -0,04% da mediana das estimativas, haverá a divulgação do resultado primário do governo central e a nota sobre as operações de crédito - ambos referentes ao mês passado.