Invest

Despesas financeiras derrubam lucro da Brava Energia no 3º trimestre

Despesa veio de antecipação de recebíveis relativos ao financiamento do projeto de adaptação do FPSO Atlanta

Brava Energia: receita da petrolífera cresceu 40% ano a ano (Nick Oxford/File Photo/Reuters)

Brava Energia: receita da petrolífera cresceu 40% ano a ano (Nick Oxford/File Photo/Reuters)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 6 de novembro de 2025 às 01h38.

A Brava Energia (BRAV3) registrou queda de 75,8% no lucro líquido no terceiro trimestre de 2025 em relação a igual período de 2024, atingindo R$ 120 milhões, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira, 5.

"O resultado foi impactado, principalmente, pela despesa financeira relacionada à antecipação dos recebíveis atrelados ao financiamento da companhia ao projeto de adaptação do FPSO Atlanta, sendo um efeito de natureza exclusivamente contábil, sem impacto caixa", explica a petrolífera.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,3 bilhão, alta anual de 78,7%. Isso levou a uma queda da margem Ebitda ajustada de 9,3 p.p. (pontos percentuais), para 42,5%.

A receita líquida somou R$ 3,059 bilhões no terceiro trimestre de 2025, crescimento de 39,4% na comparação com igual etapa de 2024.

O custo de extração, por sua vez, foi de US$ 13,3 o barril de óleo equivalente (boe), uma redução de 18% na comparação ano a ano. O resultado foi o menor da história da petroleira.

O resultado financeiro líquido do terceiro trimestre de 2025 foi negativo em R$ 1,327 bilhão, 5,6 vezes maior que as perdas registradas no mesmo período de 2024.

O desempenho do trimestre foi impactado principalmente por: (i) R$ 849,4 milhões em despesas com a antecipação de recebíveis do financiamento da Yinson para o FPSO Atlanta; (ii) R$ 634,1 milhões em juros e correção monetária de empréstimos, debêntures e arrendamentos; (iii) R$ 201,6 milhões em custos de emissão de debêntures; parcialmente compensados por (iv) R$ 130,4 milhões de aplicações financeiras e (v) R$ 102,8 milhões de resultado líquido positivo com instrumentos de hedge.

Em 30 de setembro de 2025, a dívida líquida da companhia era de R$ 7,403 bilhões. O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,3 vezes em setembro/25, queda de 1,1 p.p. em relação ao ao final do primeiro trimestre de 2025.

Acompanhe tudo sobre:BravaBalanços

Mais de Invest

Totvs tem alta 10% no lucro ajustado do 3º tri, para R$ 248,7 milhões

Vibra registra queda de 87% no lucro ajustado, para R$ 546 milhões

Minerva lucra R$ 120 milhões no 3º trimestre, alta anual de 27,6%

Apostas sobre manutenção das tarifas de Trump caem para 30%