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Desenvolvedores lançam criptomoeda de aposta em coronavírus

A "CoronaCoin" usa como base a taxa de novos casos de coronavírus

Criptomoedas: moeda virtual é criada com base no avanço do coronavírus (Denes Farkas/Thinkstock)

Criptomoedas: moeda virtual é criada com base no avanço do coronavírus (Denes Farkas/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 17h53.

Nova York - Desenvolvedores de criptomoedas criaram uma moeda digital que permite apostas na epidemia de coronavírus, com base em quantas pessoas ficam doentes ou morrem.

Chamada de "CoronaCoin", sua oferta diminuirá a cada dois dias com base na taxa de novos casos, de acordo com seu site. A página sugere que o preço da moeda sobe quanto mais pessoas o vírus matar.

A epidemia de coronavírus está se tornando global, com seis novos países relatando seus primeiros casos nesta sexta-feira e a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevando alerta de impacto para "muito alto".

Os números mais recentes da OMS indicam que mais de 82 mil pessoas foram infectadas, com mais de 2.700 mortes na China e 57 mortes em 46 outros países.

A rápida disseminação do vírus, que surgiu na China em dezembro, provocou queda frenética nos mercados globais, com os três principais índices de ações dos EUA perto de terem a pior semana desde a crise financeira de 2008.

O fornecimento total da CoronaCoin é baseado na população mundial, e os tokens são queimados a cada 48 horas, com base no número de infectados ou mortos pela doença, segundo o site.

"Algumas pessoas especulam que grande parte do suprimento será queimada devido à disseminação do vírus e por isso investem", disse Sunny Kemp, usuário que se identificou como um dos desenvolvedores, no aplicativo de mensagens Telegram.

Kemp disse que a equipe é composta por sete desenvolvedores, com mais a entrar. Ele se recusou a identificar outras pessoas, mas disse que elas estavam localizadas principalmente na Europa.

Criptomoedas como bitcoin são moedas digitais que dependem de criptografia avançada para validar suas transações. As transações são registradas através de blockchain, que documenta a propagação do vírus e o token pode ser comprado e vendido em algumas corretoras online, como a Saturn.Network, de acordo com Kemp.

Cerca de 20% do suprimento será alocado para doação mensalmente à Cruz Vermelha, usando um conhecido processador de pagamentos de criptomoedas, disse Kemp.

Questionado se a moeda poderia ser considerada como mórbida, Kemp respondeu: "Há atualmente títulos ativos de pandemias emitidos pela OMS. No que isso seria diferente da moeda?"

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