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Desaceleração do dólar reflete em taxas de juros futuros

Dia foi de muita oscilação, em meio aos dados do IPCA-15 e do Caged, além do vaivém do dólar e dos mercados externos


	"A desaceleração do dólar durante a tarde teve influência nas taxas futuras de juros, uma vez que os movimentos estão bastante próximos", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano
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"A desaceleração do dólar durante a tarde teve influência nas taxas futuras de juros, uma vez que os movimentos estão bastante próximos", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 17h23.

São Paulo - A desaceleração do dólar na tarde desta sexta-feira teve reflexos diretos nas taxas de juros futuros e contribuiu para consolidar o viés de baixa das taxas longas, mas apenas desacelerou a alta no trecho curto da curva de juros.

O dia, no entanto, foi de muita oscilação, em meio aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), além do vaivém do dólar e dos mercados externos.

Além disso, tanto o Tesouro Nacional quanto o Banco Central (BC) voltaram a agir para conter o movimento de elevação dos juros e da moeda dos Estados Unidos. O esforço surtiu algum efeito, mas os juros curtos persistiram em alta diante do patamar ainda elevado do câmbio.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (178.110 contratos) estava em 8,57%, de 8,54% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (519.930 contratos) marcava 9,16%, ante 9,10% nesta quinta-feira, 19. O vencimento para janeiro de 2015 (237.620 contratos) indicava taxa de 10,50%, ante 10,46% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (166.450 contratos) apontava 11,56%, ante 11,63% nesta quinta-feira. O DI para janeiro de 2021 (18.015 contratos) estava em 11,75%, de 11,97% do ajuste anterior.

"A desaceleração do dólar durante a tarde teve influência nas taxas futuras de juros, uma vez que os movimentos estão bastante próximos", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.

O dólar à vista no balcão cedeu 0,66% nesta sexta-feira, cotado a R$ 2,2440. O recuo do dólar ante o real se deu em reação a declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) de Saint Louis, James Bullard. De acordo com Bullard, o Fed pode ter de aumentar as compras de ativos se a inflação continuar a cair.

Mas, além disso, o BC fez uma nova operação de swap cambial, na qual vendeu US$ 1,828 bilhão em contratos atrelados à Selic com dois vencimentos. O Tesouro Nacional voltou a promover leilões de venda e recompra de LTN, NTN-F e NTN-B. As quantidades recompradas, no entanto, foram pequenas. Houve apenas resgate antecipado de NTN-Bs, em dois vencimentos, e que movimentou R$ 25 milhões.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação medida pelo IPCA-15 registrou alta de 0,38% em junho, após subir 0,46% em maio. O resultado ficou em linha com a mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,37%. Com o resultado anunciado nesta sexta, o IPCA-15 acumula taxas de 3,45% no ano e de 6,67% em 12 meses até junho. O indicador de difusão do IPCA-15 de junho alcançou a marca de 61,54% de acordo com cálculo realizado pela Votorantim Corretora, praticamente no mesmo nível do observado em maio, de 61,37%.

Durante a tarde, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou que o saldo líquido de empregos formais gerados em maio foi de 72.028 vagas. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (135 mil a 180 mil vagas). O saldo líquido de empregos formais gerados em maio é o mais baixo para o mês desde 2003.

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