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Dólar se aproxima de "teto informal" de R$ 2,10

No mercado à vista, o dólar no balcão abriu a R$ 2,0860, com alta de 0,05%. Às 9h32, atingiu uma máxima de R$ 2,090 (+0,24%)


	Em Nova York, às 9h33, o dólar norte-americano avançava em relação ao dólar australiano (0,22%) e o dólar neozelandês (0,43%)
 (Karen Bleier/AFP)

Em Nova York, às 9h33, o dólar norte-americano avançava em relação ao dólar australiano (0,22%) e o dólar neozelandês (0,43%) (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 09h12.

São Paulo - O dólar sobe nesta quarta-feira em relação às principais moedas no exterior e também na abertura do mercado de câmbio no Brasil. Após o fechamento da BM&FBovespa nesta terça-feira (20) em razão do feriado de Consciência Negra, os agentes de câmbio esperam um aumento do volume financeiro nesta sessão, embora o feriado desta quinta-feira (22) nos Estados Unidos (Dia de Ação de Graças) poderá manter a liquidez abaixo da verificada normalmente, disse um operador de tesouraria de um banco.

Segundo essa fonte, ainda que o dólar amplie os ganhos e se aproxime do patamar de R$ 2,10 hoje, não há necessariamente um compromisso do Banco Central em intervir no mercado. No entanto, para alguns agentes de câmbio, essa possibilidade existe porque a demanda por dólar tende a se manter aquecida diante do clima de negócios negativo no exterior.

Na Europa, a falta de um acordo entre o grupo de ministros de finanças da zona do euro (Eurogrupo) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um novo socorro à Grécia nutre o sentimento de cautela nos mercados. Do mesmo modo, as incertezas sobre o desfecho das discussões nos Estados Unidos para evitar o chamado "abismo fiscal" no começo de 2013 também justificam a postura defensiva adotada pelos investidores, a despeito do otimismo nos mercados na última segunda-feira, após o primeiro encontro na sexta-feira anterior entre o presidente Barack Obama e as lideranças do Congresso do país para debater o problema.

Do lado interno, podem pesar ainda sobre a formação de preço da moeda norte-americana o aumento esperado das remessas de lucros e dividendos de empresas a partir desta segunda quinzena do mês e ainda a proximidade do início das rolagens de contratos futuros de câmbio na BM&FBovespa.


Na semana passada, em meio à escalada do dólar do nível de R$ 2,05 para o de R$ 2,08, uma fonte do Banco Central adiantou que a autoridade monetária poderá não renovar o próximo vencimento em 3 de dezembro de cerca de 62 mil contratos de swap cambial reverso, em um total de cerca de US$ 3,1 bilhões.

Para o operador de tesouraria citado acima, a expectativa é de que, se dólar seguir pressionado, o BC poderá esperar e não rolar esse compromisso até o seu vencimento, o que geraria uma sobra do mesmo montante de dólares no mercado no fim deste mês e poderia aliviar parcialmente a demanda. Outra possibilidade, disse a fonte, seria de o BC fazer um leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólar no mercado futuro) com o mesmo prazo de vencimento do swap reverso de 3 de dezembro, em uma operação que representaria uma antecipação da não rolagem desse compromisso. Outra possibilidade cogitada pela fonte, caso o dólar siga avançando, seria de o BC fazer um leilão de swap cambial com outros prazos de vencimentos mais à frente, em uma nova ação de injeção de liquidez.

No mercado à vista, o dólar no balcão abriu a R$ 2,0860, com alta de 0,05%. Às 9h32, atingiu uma máxima de R$ 2,090 (+0,24%).

No segmento de derivativos cambiais da BM&FBovespa, às 9h32, o dólar futuro para dezembro de 2012 subia 0,38%, a R$ 2,0935, após oscilar entre uma mínima de R$ 2,0885 (+0,14%) e uma máxima de R$ 2,0940 (+0,41%). A taxa de abertura desse contrato foi de R$ 2,090 (+0,22%).

Em Nova York, às 9h33, o euro estava em US$ 1,2808, de US$ 1,2817 no fim da tarde de ontem. O dólar norte-americano avançava em relação ao dólar australiano (0,22%) e o dólar neozelandês (0,43%), enquanto exibia relativa estabilidade ante a rupia indiana (-0,05%) e o dólar canadense (estável).

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