Mercados

Decisão sobre Lula anima mercado e Ibovespa sobe

Redução dos receios sobre uma possível disputa comercial entre Estados Unidos e China também influencia a sessão de hoje

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa em Santana do Livramento, em 
19 de março de 2018 (Diego Vara/Reuters)

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa em Santana do Livramento, em 19 de março de 2018 (Diego Vara/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 5 de abril de 2018 às 10h16.

Última atualização em 5 de abril de 2018 às 12h19.

São Paulo -- A Bolsa começou a quinta-feira em alta, com os investidores de olho na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou um habeas corpus preventivo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e na recuperação dos mercados globais. 

Às 12h15, o Ibovespa registrava ganhos de 1,78% a 85.857 pontos. Ontem, o índice terminou o dia em leve baixa de 0,31%, a 84.359 pontos. Na mínima da sessão, chegou a cair 2,12%.

Para investidores e analistas, o ponto positivo da decisão foi a previsibilidade jurídica. O receio era que a concessão do habeas corpus aumentasse a insegurança jurídica e aumentasse o estresse "com a possibilidade de disputa de um candidato que não dê continuidade à atual política econômica”, disse a consultoria de investimentos Lopes Filho em nota a clientes ontem.

Ontem, o ETF que reproduz o MSCI Brasil, o EWZ iShares, subiu quase 3% no after market depois que a ministra Rosa Weber anunciar seu voto contra o habeas corpus e praticamente definiu o placar do Supremo

Apesar do enfraquecimento das possibilidades de Lula se candidatar ao Planalto, o cenário das próximas eleições ainda não é claro. Com isso, o clima de cautela entre os agentes do mercado deve ser mantido por mais algum tempo. É por isso que alguns analistas veem a euforia como pontual.

Dólar

O dólar iniciou a quinta-feira em queda de mais de 1% ante o real e na casa dos 3,30 reais. Às 12h15, o dólar recuava 0,29%, a 3,331 reais na venda, depois de subir 0,08% na véspera, a 3,3408 reais. 

A redução do receio sobre uma possível disputa comercial entre Estados Unidos e China também dá o tom da sessão de hoje. Ontem, o assessor econômico do presidente Donald Trump, Larry Kudlow, disse que o governo norte-americano estava negociando com a China e não se envolvendo em uma guerra.

 

Acompanhe tudo sobre:IbovespaLuiz Inácio Lula da SilvaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Mercados

China avança em corrida do ouro para reduzir dependência do dólar

Esse influenciador cansou de só dar dicas de finanças - agora ele quer cuidar do seu dinheiro

Nubank poderia ser avaliado em US$ 140 bilhões — se fosse um banco americano, diz JPMorgan

AstraZeneca se antecipa a prazo dado por Trump e oferece descontos de até 70% em remédios nos EUA