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Decisão sobre juro no Brasil concentra atenções

O mercado está divido entre um aumento de meio ponto percentual e 0,75 p.p.. Há até os que esperam elevação de um ponto.

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2010 às 19h12.

São Paulo - A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central é o principal destaque do mercado financeiro nesta quarta-feira (27). Esperado há meses, o encontro deve definir o novo patamar da taxa Selic, hoje em 8,75% ao ano. A última alteração aconteceu em 31 de julho de 2009. O anúncio deve ser feito após o fechamento dos mercados.

O debate agora é sobre o tamanho da elevação na taxa. O mercado está divido entre 0,5 ponto percentual e 0,75 p.p., mas até os que esperam 1 p.p. O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse hoje que continua focado no regime de metas de inflação. O objetivo atual é manter o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo) em 4,5% ao ano.

Apesar disso, as taxas atuais já fogem do nível perseguido e se aproximam da faixa mais alta aceitada pelo BC, que é de 6,5% ao ano. O mercado já projeta que os preços subam 5,41% em 2010. O problema é que as revisões têm subido há 14 semanas consecutivas. Meirelles acrescentou que o objetivo hoje é administrar o sucesso do país, em referência às estimativas de crescimento de até 7% da economia brasileira.

O mercado de juros futuros encerrou hoje com taxas próximas às vistas na segunda-feira. O contrato de DI para janeiro de 2011, o mais negociado, terminou em 10,85%.

Nos Estados Unidos, o destaque também é a política monetária. Porém, ao contrário do Brasil, não há polêmica em torno da decisão. É amplamente esperado que o Federal Reserve (FED) mantenha o juro do país em um patamar entre 0 e 0,25% ao ano. A decisão será comunicada às 15h15.

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